Mais conhecida por seus produtos fotográficos, a Kodak
abrigou durante cerca de 30 anos um reator nuclear em sua sede em Rochester,
Nova York. A ideia era experimentar técnicas novas de revelação. O detalhe
curioso é que a empresa fez tudo sem que as autoridades americanas soubessem.
O reator tinha o tamanho de um refrigerador popular e estava
escondido em uma câmera subterrânea em um dos edifícios da Kodak. A empresa
tinha mais de um quilo de urânio enriquecido, material usado para fabricação de
armas nucleares.
Ninguém da vizinhança, nem as autoridades locais sabiam da
existência do reator, ainda que ele apareça em alguns documentos federais. O
material foi retirado de depósitos de máxima segurança em 2007, segundo o
jornal Democrat & Chronicle.
Albert Filo, um antigo cientista da Kodak citado pela
matéria do jornal disse que o reator era conhecido por todos, mas não foi bem
divulgado. Não existem, por exemplo, registros públicos de anúncios sobre o
reator. Ele também garantiu que não havia nenhum risco para o público nem para
os funcionários e que a radiação não era verificada fora das instalações.
O Centro de Não-Proliferação de Armas Nucleares, classificou
a descoberta como “estranha”, já que empresas privadas não teriam acesso a esse
tipo de material. A norte-americana Kodak pediu falência em janeiro depois de
mais de 131 anos no mercado. Ela foi responsável pela popularização da
fotografia em todo o mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário