quinta-feira, 30 de agosto de 2012

CCHLA expõe ensaios fotográficos de alunos do curso de Letras


O projeto Conviver, promovido pelo Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da Universidade do Rio Grande do Norte (UFRN), realiza nesta quinta-feira, 30, uma exposição de ensaios fotográficos de quatro alunos do curso de Letras da UFRN.

Os alunos Gustavo de Castro Praxedes, Filipo Bellini Souza, Marconi Paulo da Silva e Rosângela Trajano terão seus ensaios expostos no hall de entrada do CCHLA até o dia 14 de setembro. Os alunos exploraram diversos ambientes e retrataram o cotidiano em suas fotografias.

Gustavo de Castro Praxedes mostra fotos de sua viagem ao Peru, Filipo Bellini Souza expõe o ensaio de título “Eu-fotógrafo”, uma comunicação entre o profissional e o ambiente que retrata, utilizando a modelo Daniella Maria na praia de Perobas.

Marconi Paulo da Silva, por sua vez, mostra um pouco da realidade da comunidade quilombola de Negros do Riacho, localizada a 180 km de Natal, em Currais Novos, e Rosângela Trajano expõe o trabalho "Filosofando na calçada", desenvolvido na calçada de sua casa, no bairro Nordeste.

Ainda nesta quinta-feira, o projeto Conviver apresenta, na praça interna do CCHLA, das 17h às 19h, Coco de Roda com Mestre Severino e a palestra “Diversidade, uma riqueza à disposição de quem quiser”, com Marcos Antônio de Andrade Medeiros, que utiliza música, cordel e dança e expõe seus livros e cordéis recentes.

Exposição fotográfica mostra os extremos do Chile

Exposição vai de 31 de agosto a 30 de setembro
Uma exposição reunirá as mais belas imagens da Patagônia e o Deserto de Atacama, produzidas pelo fotógrafo paulista Johnny Mazzilli. Intitulado “Extremos do Chile”, o evento acontecerá de 31 de agosto a 30 de setembro no complexo Reserva Cultural (Av. Paulista, 900 – Térreo Baixo -  São Paulo).

Lugares incríveis como o Salar de Atacama, as lagunas altiplânicas e as Torres del Paine farão parte da mostra, que conta com patrocínio da rede Tierra Hotels (www.tierrahotels.com), presente nos dois destinos, e apoio do Reserva Cultural.

Os horários de funcionamento serão das 10h às 22 horas de domingo a sexta e das 10h à meia noite aos sábados. A entrada é gratuita.

Mais informações podem ser obtidas no telefone (11) 3287.3529 ou site www.reservacultural.com.br

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O Rio de Janeiro de Frank Horvat

Foto:Frank Horvat

Em 1963, o fotógrafo de moda de origem italiana Frank Horvat esteve no Rio de Janeiro para produzir um ensaio fotográfico. Esta fotografia que mostra um casal numa Harley-Davidson, tendo como fundo o Pão de Açúcar, é uma das imagens mais conhecidas de Horvat. Nascido em 1928, Frank foi um dos primeiros a usar uma câmera 35mm e técnicas de reportagem na fotografia de moda.

Usina do Gasômetro inaugura mostra com fotos da África

Foto:Martino Piccinini

O fotógrafo Martino Piccinini inaugura inaugurou ontem em Porto Alegre, na Usina do Gasômetro (João Goulart, 551), na Capital, a exposição África, Oi! Pemba, Tchau!, em que apresenta imagens clicadas durante a estada do artista na cidade moçambicana de Pemba. Lá, o artista permaneceu 15 dias trabalhando como voluntário da 4ª Oficina de Inovação em Artesanato, vivenciando e captando fotograficamente um pouco da cidade, da cultura e dos seus habitantes.

Por meio do site http://bit.ly/U05ZRm, Martino está arrecadando dinheiro para pagar a impressão das fotos para a exposição. Quem ajudar (a R$ 10) leva obras da mostra. A exibição pode ser visitada até 30 de setembro, de terça a domingo, das 9h às 21h. A entrada é franca.

sábado, 25 de agosto de 2012

Menina eternizada em foto de Sebastião Salgado ainda é sem-terra

À esquerda, foto feita por Sebastião Salgado em 1996; à direita, Joceli hoje, em acampamento do MST


Aos cinco anos de idade, Joceli Borges foi retratada pela famosa câmera de Sebastião Salgado ao lado dos pais, que peregrinavam pelo interior do Paraná em busca de um lote de terra.

Aquele rosto sujo de olhar provocativo virou capa de livro e ganhou espaço na mídia, em museus e em galerias do Brasil e do exterior.

Passados 16 anos, a jovem de 21 anos continua uma trabalhadora rural sem terra.

Vive com o marido e a filha em um acampamento do MST e diz ter dois sonhos: um lote e dois exemplares do livro que espalhou sua imagem mundo afora. "Um pra mim e outro pro meu pai."


O livro "Terra", com o rosto de Joceli na capa, foi lançado em abril de 1997. Além de uma centena de fotos em preto e branco do meio rural brasileiro, o trabalho traz texto de José Saramago e vem acompanhado de um CD com músicas de Chico Buarque.

À época, os sem-terra marchavam pelo país para lembrar o primeiro aniversário do massacre de 19 sem-terra em Eldorado do Carajás (PA), invadiam propriedades aos montes e colocavam a reforma agrária em destaque.

Hoje o tema sumiu da agenda do governo federal, e, muito por conta da consolidação do Bolsa Família, os sem-terra não têm mais aquele exército de militantes.

Terra pequena

Após o clique de Salgado, Joceli viu seus pais conquistarem a posse definitiva de um terreno. Era o fim de um drama: meses debaixo de barracos de lona, em um acampamento com alimentação escassa e sem água, saneamento e assistência médica.
Joceli atualmente, aos 21, no acampamento Fazenda Rio Grande, no interior do Paraná, onde mora com a filha e o marido


A família cresceu, ela se casou, teve uma filha, e decidiu se mudar para um acampamento do MST, mesmo sem a certeza de que um dia terá a sorte de seus pais.

A fazenda está invadida há cinco anos --os donos tentam a reintegração na Justiça.

"Não vi ele me fotografando. Parece que estou olhando para a foto, mas não lembro de ver alguém me fotografando. Nem minha família lembra o local exato onde foi. Fiquei sentida por sair toda desarrumada. Mas fico feliz pelo meu pai e minha mãe ter conquistado a sua terra."

A imagem foi captada na margem da rodovia que liga Laranjeiras do Sul a Chopinzinho (oeste do Paraná).

Até conseguir a entrevista, a reportagem teve três encontros com Joceli. No primeiro, ela não quis falar. Disse que ainda estava abalada pela morte da mãe com um tiro na cabeça em um acampamento de sem-terra, em 2009.

Joceli, então com 17 anos, presenciou os disparos e, para se proteger, correu para o meio de um milharal. O alvo era um amigo de sua mãe, que sobreviveu mesmo atingido por dois tiros.
Na segunda tentativa, ela afirmou que escreveria a sua trajetória.

Só na terceira oportunidade aceitou falar, mas com a condição de que antes das fotos pudesse ajeitar o visual. "Um dos meus maiores sentimentos e do meu pai foi eu sair na foto do livro toda desarrumada", afirma.
Joceli Cruz Borges dos Santos com a filha Joslaine


Joceli vive com o marido, Adair, e a filha, Joslaine, em acampamento a 15 km do centro de Quedas do Iguaçu.

No dia a dia, planta o que chama de "miudezas": mandioca, batata doce, milho, feijão, melancia e verduras para vender na cidade.

Sonhos

Pai de Joceli, Alípio Borges vive em Rio Bonito do Iguaçu, a 85 km de Quedas.

"Eu não conheço o homem que retratou minha filha. (...) Já recebi propostas de pessoas para entrar na Justiça e buscar direitos [pelo uso da foto], mas conheço muito da luta. Deixo isso nas mãos de Deus", afirma.

O fotógrafo cedeu os direitos autorais do livro "Terra" ao MST. Joceli e Alípio dizem que nunca conversaram com Sebastião Salgado. Anos atrás, diz ela, um instituto criado pelo fotógrafo lhe ofereceu oportunidade de estudo em São Paulo. Para não ficar longe da família, recusou.

E se encontrasse hoje com Sebastião Salgado? "Nem saberia o que falar. Quero é conquistar meu pedaço de terra. Acho que estudar não é mais importante para mim."

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Fotojornalismo monocromático de Sebastião Salgado


O fotógrafo mineiro Sebastião Salgado é reconhecido pelo seu jeito único de fotografar. Se destacando na área de fotojornalismo, Sebastião é famoso mundialmente pelo seu belo trabalho. Nomeado como representante da UNICEF por sua visão fotográfica que chama atenção para problemas da humanidade, como a fome na África, a desigualdade e a injustiça do ser humano.

Com fotografias em preto e branco, o tom trágico de seus cliques é de emocionar quem aprecia. Rodando o mundo, Sebastião retrata lugares diversos com cenários e povos, sempre voltado para o lado mais humano da fotografia





Nikon lança câmera com sistema operacional Android


A Nikon anunciou, nesta quarta-feira (22), o lançamento de três novos modelos de câmeras digitais da Coolpix S-series. Entre elas está o modelo S800c, que vem equipada com o sistema operacional Android 2.3. Além da plataforma, o dispositivo possui wi-fi. Por isso, seu funcionamento fica bem próximo ao de um smartphone.

Com a S800c, o usuário após fotografar e filmar, o usuário pode enviar tudo para as redes sociais, como Google Plus, Facebook e Twitter. Para isso, basta instalar os aplicativos disponíveis no Google Play. Além disso, ainda é possível baixar outros apps, como YouTube, Google Maps e Gmail.

Além das funcionalidades disponíveis com a plataforma Android, a câmera captura imagens com 16 megapixels, possui zoom óptico de 10x, grava vídeos em full-HD e GPS para registro de informações.

A câmera S800c chegará ao mercado nas cores preta e branca.

As outras câmeras da Coolpix S-series anunciadas pela Nikon são a S6400 e a S01.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Fotojornalista morre após ser agredido em assalto no México

Na noite do último sábado (18/8), o fotojornalista Ernesto Araujo foi hospitalizado após ser agredido ao resistir a um assalto no estado mexicano de Chihuahua. No dia seguinte, o profissional não resistiu e morreu, informou o El Universal.

De acordo com testemunhas, Araujo recebeu vários golpes na cabeça com um taco de beisebol, aparentemente após resistir a um assalto.

A Associação de Jornalistas da Cidade Juárez disse estar "comovida" com a morte do fotojornalista. "Nos encontramos comovidos e indignados com o mais recente crime contra nosso companheiro Ernesto Araujo Cano, do estado de Chihuahua. Ernesto é outra vítima da onda de violência que toma conta do estado".

Olha a atenção candidato

Foto: Marlio Forte

Eu quero tchu...

Foto:Marlio Forte

domingo, 19 de agosto de 2012

Agência JC Imagem lança novo site



Já está no ar o novo site da agência de fotografias JC Imagem, que completa nove anos neste domingo (19). A data marca também o Dia Mundial da Fotografia. A página, com design de Bruno Falcone (editor de artes do JC), é totalmente integrada às redes sociais.

“Estamos investindo cada vez mais no jornalismo colaborativo. Esta presença nas redes sociais acaba sendo uma maneira de estreitar o relacionamento com o leitor e uma ferramenta para que ele possa fazer denúncias sobre o que acontece na própria cidade. As imagens podem ser aproveitadas na seção Voz do Leitor. E o Cidades Invisíveis, por exemplo, mexe muito com a ideia de mostrar ao leitor que ele pode observar mais a nossa cidade”, afirma o editor de fotografia da JC Imagem, Arnaldo Carvalho.


A presença do Instagram no site é muito forte. “O departamento de tecnologia do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação desenvolveu ferramentas especialmente para o Instagram. O internauta pode curtir as fotos no site e compartilhar em quatro redes sociais, o Facebook, Twitter, Pinterest e o Google+”, completa Arnaldo sobre as modificações desta que é a terceira atualização do site da JC Imagem.

Além de atuar no campo fotojornalístico, a agência também atende a clientes nos mercados editorial, institucional e publicitário. Para atender a este público cadastrado, que acessa uma área restrita do site para comprar as imagens, também foram pensadas modificações na estrutura da página. Entre elas a seção chamada Mesa de Luz, que facilita a visualização das fotos para o cliente fazer uma pré-seleção das imagens de acordo com o assunto em que está interessado, e a possibilidade de comparar as imagens escolhidas lado a lado.

A agência existe desde 2003. Depois da transição do analógico para o digital no fotojornalismo, ela se prepara para a presença cada vez maior do trabalho com a imagem em movimento no cotidiano das redações.

Confira o site: http://www.jcimagem.com.br/

Flagras do Street View no Recife causam polêmica



Desde a última semana, o Grande Recife e Petrolina agora podem ser frequentados por qualquer cidadão da Terra, por meio do Maps Street View, o serviço de mapeamento e visualização de ruas e avenidas do buscador Google. Com a ativação da plataforma, não só detalhes dos logradouros foram parar na rede, mas também peculiaridades do povo recifense. Conhecido pelos flagras de situações curiosas e engraçadas, o serviço de mapeamento que foi ampliado para 77 cidades brasileiras já começou a fazer “vítimas” na capital pernambucana e municípios próximos. As imagens capturadas pelos carros do Google flagraram desde atos comuns, como caminhar na rua de casa ou estender roupa, até pessoas dormindo, fazendo a unha e nuas. As cenas estão fazendo sucesso na internet e já começaram a gerar polêmica.

A imagem mais famosa até então é de uma ação policial no cruzamento das Ruas Sargento Waldir Correia e Waldemar Nery Carneiro Monteiro, em Setúbal, na qual três homens aparecem sendo abordados por dois policiais militares. A cena já circula em várias páginas do facebook e acabou chegando ao conhecimento dos moradores da rua, que não gostaram muito de ter a imagem da área associada a problemas com violência. “Aqui é um bairro perigoso, então ver a polícia agindo traz segurança. Mas nunca é bom ter o seu bairro ligado à violência. Acaba trazendo uma imagem muito negativa”, disse o servidor público Rodrigo Carvalho, 24 anos, que mora na mesma esquina do fato.


Além dessa, outra imagem que já ganhou as redes sociais foi a de uma mulher limpando os dejetos de um cachorro, na Rua Desembargador Martins Pereira, nas Graças. Outra captura que está gerando polêmica na internet é a de um homem flagrado nu, no bairro de Jardim Paulista, no município do Paulista. Em países como Alemanha, China e Estados Unidos, o serviço já foi parar na Justiça. “Imagens de pessoas na rua geralmente não mostram situações constrangedoras. Mas no caso de Paulista, caso fique comprovado o dano moral, a pessoa pode entrar com recurso”, explicou o presidente da Comissão de Tecnologia da Informação da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Pernambuco (OAB/PE), Frederico Duarte. Em nota, o Google afirmou que todas as imagens ou pedidos que são reportados pelo botão “informar problema” são analisadas e, se comprovada a irregularidade, imediatamente retiradas do ar.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Casal de foto do fim da 2ª Guerra se revê após 67 anos

Foto:Alfred Eisenstaedt


Em 1945, o marinheiro George Mendonsa e a enfermeira Greta Zimmer Friedman nem ao menos se conheciam mas, juntos, entraram para a História ao serem clicados pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt, da revista Life. A foto do beijo entre eles virou um dos símbolos do fim da 2ª Guerra Mundial. Depois dali, nunca mais se viram, até que a rede americana CBS conseguiu encontrá-los e reuniu o “casal”, 67 anos depois.

A história do beijo é curiosa: George estava no Radio City Music Hall, em Nova Iorque, com sua então-namorada (hoje esposa), quando chegou a notícia que a Guerra havia acabado. Como havia bebido demais, Mendonsa saiu correndo pela Times Square e acabou encontrando a bela Greta. O beijo despretensioso e impensado virou ícone daquele momento.


A reportagem da CBS também entrevistou a esposa de Mendonsa (eles são casados há 66 anos). Ela disse que não guardar mágoas nem algum tipo de inveja de ver seu marido (na época namorado) beijando outra numa foto tão marcante. O episódio, inclusive, vai virar livro, sob o nome “O Marinheiro Beijador”, que contará a história de George Mendonsa: em 1945, ele participou da 2ª Guerra com apenas 22 anos e, com um beijo, foi imortalizado.

Às nossas memórias fotográficas


Por Tadzio França/Tribuna do Norte

Os trilhos dos bondes, os aviões  sobre o rio Potengi, uma bucólica avenida Rio Branco, a Ribeira glamourosa, e outros momentos de uma Natal que não existe mais viraram história - e fotos. Os registros da capital que muda a cada instante foram em boa parte captados pelas lentes de fotógrafos pioneiros que, desde a primeira metade do século XX, estão em ação. Em conjunto, estes acervos constituem uma fonte histórica de alta importância. No entanto, permanecem dispersos, com ocasionais aparições na Internet, ainda engavetados pelos seus criadores e herdeiros. No mês  em que se celebra o Dia Mundial da Fotografia, 19 de agosto, cabe saber por onde e como anda a memória fotográfica natalense.

Foto:Alberto Leandro

Natal ainda vivia a tensão e a euforia da 2ª Guerra Mundial quando Jaeci Emerenciano Galvão fez seus primeiros cliques.  Hoje com 83 anos, Jaeci possui um dos maiores acervos fotográficos sobre a Natal dos últimos 70 anos. Tudo está guardado na sua casa em Ponta Negra, onde a TRIBUNA DO NORTE esteve na manhã de quarta-feira. Cerca de 200 dessas fotos foram digitalizadas e reunidas nos VCDs "Natal de ontem" e "Natal de hoje", facilmente encontráveis para venda em alguns restaurantes, hotéis e estabelecimentos turísticos. Os filhos de Jaeci pretendem reunir os álbuns de "ontem e hoje" em um livro, projeto que ainda não foi concretizado. Apesar da saúde fragilizada, Jaeci quer participar do processo de escolha desse material.

O acervo mais histórico de Jaeci está praticamente reunido nos VCDs. No mais, foram registros das inúmeras fotos comerciais, de eventos, esporte  e o meio social que ele fez ao longo dos anos. O fotógrafo admite que bastante coisa foi perdida, pela falta de um catalogamento mais cuidadoso. Sequelas de um tempo em que tudo era novidade, o começo de tudo. A 'Foto Jaeci', sua marca registrada, foi aberta em 1948, na rua Amaro Barreto, Alecrim. Pelas suas lentes curiosas, o veterano registrou uma Natal com pouco mais de 50 mil habitantes, e clima de cidade do interior. Razões que fazem as fotos ainda mais especiais.

A Natal dos anos 40 e 50 se movimentava entre a Ribeira, Cidade Alta, Petrópolis e arredores, se divertia nos cinemas Rex e Royal, e se embriagava nos botecos da rua Chile. Jaeci registrou um pouco de tudo isso, desde as primitivas praias de Ponta Negra e Areia Preta, até uma avenida João Pessoa sem trânsito, pacífica e relaxada. A fotografia só entrou no caminho do veterano por causa da mãe, que receosa das notas baixas do garoto no velho Atheneu, procurou logo uma profissão para ele. Comprou a máquina fotográfica do tio, e fez com que as imagens - hoje históricas - pudessem mostrar uma cidade de outro tempo. Antes de Jaeci, atuavam na área nomes como José Seabra, Jorge Mário e Grevy. Todos com acervos que ainda não foram devidamente organizados.

Um olhar na morfologia natalense

Giovanni Sérgio também segue a 'linhagem' da fotografia veterana. A mãe, Lolita, foi a primeira mulher a atuar profissionalmente como fotógrafa no mercado natalense. "Ela tem um acervo pessoal incrível dos anos 60 até os 90. São na maioria registros da vida dela, da família, de eventos que ela cobriu. É importante como um bom documento da vida social da época, e acredito que será algo ainda mais valorizado no futuro", analisa.

Já o acervo de Giovanni registra uma Natal a partir dos anos 80, já considerado um tempo distante por quem observa a cidade hoje. "Registrei as mudanças na paisagem, a gradativa verticalização, a morfologia da nossa capital. A Tirol antiga que foi soterrada por edifícios e clínicas. É um registro do meu tempo, que não é mais como hoje", diz. O fotógrafo conta que seu material ficou ainda mais sistemático a partir dos anos 90, época em que Natal apresentou sua mudança urbana radical.

"Natal envelhece rápido, porque também muda rápido. A esquina de uma rua que eu fotografei dois anos atrás já não é a mesma de hoje. A cidade muda velozmente e carece dos registros do que ela já foi", diz Giovanni. O acervo do fotógrafo conta, atualmente, com cerca de três mil fotos ainda não digitalizadas. Mas está tudo catalogado, bem guardado, esperando um rumo futuro. "Quero publicar em livro, ainda gosto de ter o objeto em mãos. Não me interessa exposições, ou pôr tudo na Internet - pelo menos não agora", diz. Segundo ele, acervos de veteranos como Jaeci, por exemplo, mereciam uma atenção mais organizada do poder público.

Asas sobre a Belle-Époque

O fotógrafo, escritor e jornalista João Alves de Melo (1896-1989) reuniu um dos acervos visuais mais preciosos sobre a 2ª Guerra em Natal, e a história da cidade no começo do século passado. O material, que conta cerca de quatro mil fotos, está sob a guarda do filho Edmundo Alves. Uma parte desse acervo - 800 fotos - está no livro "Asas sobre Natal - Pioneiros da Aviação no RN", que deverá ser lançado pela Fundação José Augusto na 1ª quinzena de setembro. O livro está em fase de diagramação por Marize Castro. A  foto de Roosevelt e Vargas no jipe às margens do Potengi em 1943 é o clique mais famoso do fotógrafo.

Além de registrar os movimentos aéreos de 1920 até 1945, João Alves Melo também captou a vida social e urbana natalense, com seus personagens, ruas e prédios públicos. "São caixas e mais caixas de fotos, preciosidades que muita gente não viu até hoje. Temos até as chapas de vidro que os fotógrafos da época usavam", diz Edmundo. Segundo ele, há interesse em digitalizar o material e fazer uma exposição. Mas só depois que "Asas sobre Natal" for lançado.

Fotos de um velho imigrante

O italiano Rocco Rosso não era fotógrafo profissional, mas seu interesse pela vida aérea e militar da Natal do começo do século XX rendeu imagens não menos históricas que as de outros mestres. O acervo de cerca de 100 fotos, que hoje está com seu genro Carlos Roberto de Miranda Gomes, foi publicado no livro de memórias "O velho imigrante", lançado em junho deste ano pelo Sebo Vermelho. Rocco trabalhava para a Air France na Base Aérea de Natal, em Parnamirim. Por lá fotografou funcionários franceses,  pilotos, mecânicos, cenas da Rampa, hidroaviões, e outros momentos situados entre os anos 30 e 40, numa época pré-guerra.

"Meu sogro amava a fotografia. Chegou a fazer parte de uma associação de fotógrafos da época, e conviveu com os pioneiros do ramo", afirma Carlos Gomes. Por ser italiano, Rocco foi afastado da Base Aérea, e sua produção caiu ao longo dos anos 40. O acervo de Rocco era formado por três mil cadernos, sendo boa parte destruído por cupins, restando apenas vinte. No momento, as fotos figuram apenas no livro lançado por Carlos. Ele tem planos de, no futuro, reunir tudo para uma exposição. "Será preciso copiar, restaurar, ampliar...um processo caro", lamenta.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Descoberta da fotografia no Brasil faz 180 anos despercebida por brasileiros


"Neste anno de 1832, no dia 15 de agosto, estando a passear na minha varanda, vem-me a ideia que talvez se possa fixar as imagens da camera escura, por meio de um corpo que mude de cor pela acção da luz."
É assim que o francês Hercule Florence recorda, anos depois, do que teria sido a fagulha para o nascimento da fotografia no Brasil há exatos 180 anos - em uma data bem anterior à invenção do daguerreótipo de Louis Daguerre, na França em 1839, referência mais comum ao 'nascimento' da fotografia.

Retrato de Hercule Florence, o francês que descobriu a fotografia no Brasil, com cerca de 70 anos de idade (Foto: Coleção Arnaldo Machado Florence/Reprodução de 'Hercule Florence - Adescoberta isolada da fotografia no Brasil', de Boris Kossoy)
A comprovação do pioneirismo de Florence na Vila de São Carlos, hoje conhecida como Campinas (SP), demorou mais de 140 anos para ser feita e reconhecida internacionalmente. Em 1976, o fotógrafo e professor Boris Kossoy divulgou em um simpósio nos EUA a pesquisa que resultou na primeira edição de seu livro, "Hercule Florence - A descoberta da fotografia no Brasil", lançada em 1980.

O feito em terras brasileiras passou a ser mencionado em novas publicações sobre a história da fotografia em todo o mundo ao longo das últimas décadas, mas mesmo assim ainda permanece desconhecido para a maioria dos brasileiros.
Desenho representando o equipamento da fotografia, datado de 1837. Na parte de cima, uma câmera escura com traços bem próximos de alguns modelos de câmeras do século seguinte. À direita, a estrutura onde as imagens eram apoiadas para exposição ao sol. Na parte de cima, a citação ao termo 'photographie' (Imagem: Coleção Arnaldo Machado Florence/Reprodução de 'Hercule Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil', de Boris Kossoy)


Datas divergentes

É preciso esclarecer inicialmente que, para Kossoy, a descoberta da fotografia no Brasil vai completar 180 anos de fato dentro de alguns meses, em 20 de janeiro de 2013. Isso porque são deste dia as anotações em um diário de Florence que narram seus primeiros experimentos bem-sucedidos de uma fotografia.

Apesar de o inventor ter posteriormente citado o dia de 15 de agosto de 1832 mais de uma vez, a pesquisa não verificou nenhuma prova escrita datada desse ano em seus diários. "Ele fez essas anotações mencionando a data de 1832 muitos anos depois, após a divulgação no Brasil da descoberta do Daguerre", lembra Boris Kossoy.

Não deixa de ser curioso, no entanto, o fato de o inventor se referir a uma data tão específica.

Fotografia como 'xerox'

Florence via a fotografia como sequência natural a suas pesquisas na poligrafia, uma forma de reproduzir documentos e desenhos de forma fiel. Ele buscava uma maneira mais prática de fazer isso e oferecer como serviço de cópias na vila de São Carlos, já que ali não existia qualquer oficina de tipografia na época.
No entanto, apesar de seguir por outro caminho, ele chegou a vislumbrar a aplicação mais popular da fotografia depois de conseguir a imagem negativa de sua janela usando uma máquina fotográfica arcaica feita com a lente de um binóculo. "Mas como será útil para os retratos! Isso mesmo: a imagem de uma pessoa, refletida na câmara escura, será apreendida e fixada no papel por uma simples ação química. Quanta semelhança!", escreveu, também em 1833.
Exemplar de etiquetas para farmácia I. Cópia fotográfica obtida por contato sob a ação do sol é exemplo do principal propósito buscado por Florence ao desenvolver o processo fotográfico: fazer cópias com praticidade (Imagem: Coleção Arnaldo Machado Florence/Reprodução de 'Hercule Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil', de Boris Kossoy)


Poesia

Em um de seus experimentos de janeiro de 1833, Florence escreve em uma superfície de vidro preparada com nitrato de prata uma frase carregada de poesia, que atribui certo tom fantástico aos seus resultados. Em francês, ele escreve "E tu, Divino sol, empresta-me teus raios". Exposta à luz, a frase é reproduzida com perfeição, como se o Sol houvesse acenado consentindo ao pedido de Florence.

Xixi como fixador

Confrontado pela dificuldade de manter as imagens no papel sem que as partes claras passassem a escurecer com o tempo, o francês passou a testar substâncias que pudessem dissolver os sais de prata após a exposição à luz. E uma dessas substâncias, usada segundo suas anotações "um pouco ao acaso", foi a urina.

Ele verificou que banhar uma imagem fotografada em urina por alguns minutos permite que ela volte a ser exposta ao sol posteriormente sem escurecer, de forma bem mais eficaz que um simples banho de água.
Tratados de química de muitos anos antes já afirmavam que a amônia, presente na urina, era capaz de dissolver o nitrato de prata. Mesmo assim, segundo Kossoy, foi Florence o primeiro dos precursores da fotografia a empregar a amônia (o xixi) como substância fixadora.

Uma fotografia na França, antes de Daguerre

Uma curiosidade que o livro sobre Florence levanta é que uma foto feita por ele teria sido levada pelo príncipe de Joinville (François Ferdinand Philippe Loius-Marie d'Orléans) de volta à França no começo de 1838, antes da divulgação dos estudos de Daguerre ao grande público.
Índio Bororo. Feita por Florence, uma fotografia deste desenho teria embarcado para a França com o príncipe de Joinville um ano e meio antes do anúncio da descoberta de Daguerre (Foto: Coleção Arnaldo Machado Florence/Reprodução de 'Hercule Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil', de Boris Kossoy)


"Curiosa ironia: um ano e meio antes da anunciada descoberta de Daguerre pela Academia de Ciências de Paris (19 de agosto de 1839), o príncipe de Joinville, filho do rei da França, levava em sua bagagem uma cópia d[o desenho d]e um índio Bororo obtida por processo fotográfico!", diz Kossoy em um trecho do livro.

"Essa é uma das coincidências da história do Florence que deixa as pessoas mais intrigadas", aponta o autor ao G1. Não se pode dizer, no entanto, que esse fato tenha qualquer ligação com as descobertas de Daguerre.

Humildade e desabafo

Apesar de ter pleno direito de reivindicar a descoberta da fotografia a si, como hoje é comprovado, Hercule Florence em mais de um momento fala com humildade a respeito das notícias do invento de Daguerre, abrindo mão de buscar qualquer glória e assumindo a possibilidade de duas pessoas terem a mesma ideia de forma espontânea.

"Como eu tratei pouco da photographia por precisar de meios mais complicados, e de sufficientes conhecimentos chimicos, não disputarei descobertas a ninguém, porque uma mesma idea pode vir a duas pessoas, porque sempre achei precariedade nos factos que alcançava, e a cada um o que lhe é devido", escreveu em artigo publicado no jornal "A Phenix" de São Paulo em  1839.

Mesmo assim, um "desabafo" retirado de um dos manuscritos de Florence mostra que ele tinha consciência plena de suas limitações geográficas e se sentia "um inventor no exílio".

"Em um século em que se recompensa o talento, a Providência me trouxe a um país onde isso não importa. Sofro os horrores da miséria, e minha cabeça está plena de descobertas. Nenhuma alma me escuta, nem me compreenderia. Aqui só se dá valor ao ouro, só se ocupam de política, comércio, açúcar, café e carne humana. Sem dúvida conheço algumas almas grandes e belas, mas essas, em número muito reduzido, não têm formação na minha linguagem, e eu respeito sua ignorância", afirma.

É de se refletir, entretanto, se Hercule Florence teria se dedicado aos mesmos interesses caso estivesse na Europa, e não no interior do Brasil, onde a inexistência da tipografia acabou o empurrando na direção da fotografia.
Imagem:Divulgação


Hercule Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil (3ª edição)
Autor: Boris Kossoy
Editora: Edusp
412 páginas

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Foco no mercado

Com informações da Tribuna do Norte

Desenhos com luz, captação de momentos, registros da história, arte. Para cada amante da fotografia existe uma maneira diferente de definir o que é fotografar. Da mesma forma, para cada mercado fotográfico existem concepções distintas que, se reunidas, podem cooperar com o desenvolvimento desse mercado. "Não existem políticas públicas específicas para a fotografia. Isso faz com que essa arte não tenha verbas do orçamento federal destinadas para as suas aplicações culturais ou de documentação. Não sobra nada para a gente. Vai tudo para o cinema, literatura, música e moda", lamenta Alex Gurgel, fotógrafo e presidente da Associação Potiguar de Fotografia - Aphoto.
Canindé Soares(Foto:Alex Régis)


Após a realização do Foto RN no último fim  de semana,  a primeira edição do fórum permitiu uma varredura geral sobre o mercado da fotografia no estado potiguar. Coordenadores do evento, Alex Gurgel e Pablo Pinheiro, fotógrafo e membro da Rede Poti de Fotografia, reconhecem a necessidade desse tipo de programação no Rio Grande do Norte.

"A intenção desses eventos é a de atrair profissionais de vários eixos da fotografia no nosso estado e procurar conhecer a sua profundidade na economia local, valorização dos seus trabalhos e a sua difusão em meio às políticas públicas estabelecidas", explica Pablo Pinheiro. Agosto foi o mês escolhido para dar início a esse processo de catalogamento e calendarização de eventos da fotografia no estado, os profissionais seguem adiante com a ideia de conhecer a cadeia produtiva em Natal e em outros municípios potiguares.
Mariana do Vale(Foto:Elisa Elsie)

"Foi no dia 19 de agosto que a fotografia foi inventada há 186 anos. Não poderíamos escolher uma época diferente para firmar esse clamor pela valorização dessa arte/trabalho que evolui a cada ano que passa", reforçou. Acreditando que a união faz a força, Alex Gurgel tem realizado campanhas para que os fotógrafos potiguares tomem a iniciativa de ingressar nos conselhos de cultura para defender mais espaço à categoria. "Conselheiros músicos são sensíveis aos produtos musicais, escritores aos produtos literários. Precisamos de fotógrafos para avaliar e abrir espaço para a valorização da fotografia", coloca.

No sábado, dia 18 de agosto, a Aphoto promove e apresenta o 'Foto Riografia do Norte'. "Será um fórum para discutir e e radiografar a fotografia do RN desde o seu começo. Depois do Foto RN, este segundo evento abordará questões semelhantes, mas que visam dar um foco maior à memória da fotografia no estado", explica Gurgel. Além do fórum, uma exposição intitulada "Luz em Natal de ontem" estará à disposição para a visitação do público, mostrando imagens da capital potiguar em tempos passados.
Alex Gurgel(Foto:Divulgação)


Com a participação de palestrantes renomados, o Foto Riografia do Norte será no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), a partir das 8h da manhã, e abordará a  produção de livros de fotografia, projetos culturais que envolvam o setor, a fotografia como veículo de inclusão digital, a história da fotografia no Rio Grande do Norte, entre outros assuntos. Canindé Soares, Dennis Job, Mariana do Vale, Marcelo Buainin e Itamar Nobre são alguns dos nomes que estarão presentes e farão palestras aos participantes gratuitamente.

As palestras estão divididas da seguinte forma: Giovanni Sérgio falará, ás 8h30, sobre a "História da Fotografia no RN"; às 9h30, Canindé Soares discutira a profissão de fotógrafo no RN; Itamar Nobre falará sobre a "Difusão de ensino da fotografia na UFRN", às 10h30; às 14h, Denis Job apresentará a palestra "Gestão empresarial e marketingo para fotógrafos"; às 15h, Palbro Pinheiro falará sobre a "Rede potiguar de produção cultural e fotografia"; às 16h, Mariana do Vale discutirá a "Arte fotográfica produzida no RN"; Marcelo Buanain, às 17h, falará sobre "A fotografia documental como expressão autoral e ideológica", e por fim, às 18h, Dijah Abreu Jr abrirá a exposição fotográfica "Luz em Natal de ontem".

Foto RN dá o pontapé inicial no mês da fotografia

No último fim de semana, o Foto RN deu o pontapé inicial para que a fotografia fosse discutida e analisada no Rio Grande do Norte. Além de Alex Gurgel, Pablo Pinheiro, Elisa Elsie, Henrique José e Sônia Figueiredo são os representantes da fotografia potiguar que dão asas à pesquisa e à luta pela valorização do trabalho fotográfico.
Giovanni Sérgio(Foto:Alex Régis)


No evento, cada representante ministrou um grupo de trabalho diferente.  Formação, difusão, economia, políticas públicas e memória foram os cinco temas que fizeram parte da primeira edição do evento. "Cada um tem a sua função e andam em paralelo", reforça Pablo Pinheiro. Segundo ele, apenas conhecendo bem a formação dos profissionais potiguares é que se torna possível avaliar o seu papel na economia, a  expansão dos trabalhos e as políticas públicas aplicadas. "Tudo isso sem esquecer da memória desse ofício no nosso estado", completa.

Serviço: Foto Riografia do Norte. Dia 18, a partir das 8h, na IFRN, Cidade Alta. Inscrições no local.

Canal favorável ao governo da Síria anuncia assassinato de fotógrafo

O al-Ekhbariya, canal de televisão favorável ao governo da Síria, anunciou que seu fotógrafo, Hatem Abu Yahia, foi assassinado.

Abu Yahia estava sequestrado há três dias junto a outros três colegas. O sequestro e de assassinato de jornalistas favoráveis ao governo de Bashar al-Assad tornou-se fato comum no país, tendo prejudicado a cobertura de conflitos na região.

No último sábado (11/08), o governo anunciou que "um grupo terrorista armado" assassinou Ali Abbas, jornalista da agência estatal SANA, na capital Damasco.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Site seleciona as 20 mulheres mais fotogênicas nas fotos da polícia



O site americano www.thechive.com, fez uma seleção das mulheres mais bonitas registradas nas fotos das delegacias de polícia. O trabalho foi difícil, pois não bastasse os Estados Unidos ser um dos países com o maior número de pessoas detidas pela polícia no mundo, as beldades nem sempre estão nos seus melhores dias ao serem presas.

Maquiagens borradas, olhos marejados e rostos inchados de tanto chorar são comuns, embora algumas das moças mais pareçam estar posando do que sendo presas. Estar entre as 20 mais belas mulheres presas dificilmente será um título que elas vão ser orgulhar e as fotos com certeza não serão usadas no Facebook de nenhuma delas.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Saída fotográfica é destaque na 6ª Semana de Fotojornalismo da USP


A Semana de Fotojornalismo organizada pela Jornalismo Júnior, empresa júnior de jornalismo da ECA USP, chega à sua 6a edição com o tema Caos. O evento, que acontece de 20 a 24 de agosto, reúne profissionais de destaque na área e promove troca de experiências entre palestrantes, estudantes e demais interessados em fotojornalismo e fotografia.

O tema foi escolhido baseado nos recentes acontecimentos, como a Primavera Árabe, Occupy Wall Street, Indignados na Espanha, conflitos na Líbia e Síria. O evento também relembra movimentos nacionais, como as reintegrações de posse do Pinheirinho em São José dos Campos ou embates entre traficantes e policiais nos morros do Rio de Janeiro.

A atuação e dificuldades encontradas pelos fotojornalistas em situações de conflito, catástrofes, sofrimento, desorganização e caos serão alguns dos tópicos abordados ao longo do evento.

Para praticar algumas técnicas de fotografia, a semana é marcada pela Saída Fotográfica. Os participantes irão fotografar um lugar da cidade baseados no tema do evento, que será divulgado durante as palestras. As fotos entregues à organização do evento serão expostas ao fim do evento, no coquetel de encerramento.

As três melhores fotografias serão premiadas. Para o primeiro lugar, o prêmio é uma câmera Canon T3. O vencedor do segundo lugar receberá um curso na Escola de Fotografia Techimage. O prêmio para o terceiro lugar é um exemplar dos livros: "Caçadores de Luz: Histórias de Fotojornalismo" - Alan, Lula e Sérgio Marques; "68 destinos: Passeata dos 100 mil" - Evandro Teixeira; e "Curdos, Uma Nação Esquecida" - Rogério Ferrari.

As inscrições vão até o dia 19 de agosto e são gratuitas. Podem se inscrever alunos de jornalismo ou de outras faculdades, profissionais e interessados em fotojornalismo. É necessário entregar 1kg de alimento não perecível, que serão doados para ação social. Serão entregues certificados de participação aos presentes em pelo menos 3 dias do evento (exceto Saída Fotográfica).

Inscrições no site: http://www.semanadefoto.jornalismojunior.com.br/

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Fotojornalista troca câmera por iPhone 4S para registrar Olimpíadas

Fazer a cobertura de uma edição de Jogos Olímpicos pode ser a realização de um sonho para boa parte dos jornalistas. E, normalmente, é preciso usar o seu melhor equipamento para fazer bonito nas Olimpíadas – especialmente se você for um fotógrafo. No entanto, Dan Chung está provando que nem sempre há a necessidade de câmeras enormes e lentes pesadas para clicar momentos marcantes de uma competição esportiva: ele está fotografando os Jogos deste ano, em Londres, com um iPhone 4S.
Chung está fazendo sucesso com seu iPhone(Foto:Tom Jenkins/The Guardian)


 Funcionário do jornal inglês The Guardian, ele está utilizando o acessório Schneider Lens, que permite a inclusão de lentes no smartphone e também binóculos da Canon para auxiliar na hora de fotografar eventos que estão muito distantes de suas lentes. Há também, como todo bom fotógrafo, um programa de edição de imagens por trás do processo, o já conhecido Snapseed, bastante famoso e elogiado na App Store.

Os resultados são impressionantes. O “photoblog” olímpico de Chung é um dos grandes sucessos da cobertura olímpica do diário, com mais de duas mil curtidas no Facebook. Ele já registrou diversos esportes, como natação, ciclismo, ginástica, vôlei, a cerimônia de abertura… E até mesmo o dia a dia de Londres durante a competição, com imagens do público no metrô e do lado de fora das instalações esportivas.
Foto de Natação foi feita com um iPhone(Foto:Dan Chung/The Guardian)

Usain Bolt celebra vitória(Foto:Dan Chung/The Guardian)

Gabrielle Douglas compete na ginástica artística(Foto:Dan Chung)