terça-feira, 16 de abril de 2013

Para deputado, há ligação entre as mortes de fotógrafo e radialista de MG


O fotógrafo freelancer do jornal Vale do Aço, Walgney Assis Carvalho, assassinado a tiros no último domingo (14/4), pode ter sido morto por ter informações sobre os possíveis autores da execução do radialista Rodrigo Neto, em 8 de março deste ano, segundo hipótese do deputado Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos de Minas Gerais.

Em sua conta no Twitter, o deputado enviou uma mensagem para a ministra Maria do Rosário, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República. “A CDHumanos, logo após a morte do Rodrigo Neto, recebeu denúncias de q ele sabia autoria”, afirmou. “O Carvalho que foi agora assassinado tinha muitas informações. Falei dele quando você esteve no Vale”, continuou.

O delegado Wagner Pinto, chefe da delegacia de homicídios, foi para Ipatinga (MG) acompanhar as investigações e afirmou que é cedo para ligar os dois crimes, informou o Estado de Minas.

“Por hora estamos em fase inicial de investigação. Não temos nenhuma ligação ainda. Vamos analisar bem a dinâmica do crime e buscar elementos de convincentes para uma linha contundente”, disse o delegado.

Morte do Walgney Carvalho

Segundo os portais G1 e Terra, a Polícia Militar afirmou que por volta das 22h um homem encapuzado se aproximou e disparou três tiros à queima-roupa pelas costas do fotojornalista.

Após os disparos, ele saiu andando e depois pegou uma moto NX preta. Testemunhas disseram que na noite do crime perceberam a movimentação estranha de um homem que fazia muitas ligações pelo celular próximo ao local.

Morte de Rodrigo Neto
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No dia 8 de março, o radialista e um colega estavam no "Baiano do Churrasquinho", no bairro Canaã, local que costumava frequentar. Quando Neto abria a porta de seu automóvel, dois homens em uma motocicleta, usando luvas e capacetes fechados, se aproximaram, dispararam e fugiram.

Segundo o portal R7, o delegado responsável pelo caso, Ricardo Cesari, afirmou que Neto foi atingido por cinco tiros.  O radialista chegou a ser socorrido com vida e foi levado para o Hospital Municipal de Ipatinga, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele era casado e deixa um filho.

Coincidências

O fotojornalista prestava serviços de freelancer para o Vale do Aço há cerca de cinco anos, na editoria de polícia. O radialista foi trabalhar no impresso uma semana antes de ser assassinado.

Apesar de cobrirem o mesmo tema, os dois não trabalharam diretamente juntos ou em uma pauta específica, apenas cumpriram a rotina do dia a dia. "Mas é muita coincidência. Na mesma cidade, mesmo veículo, tema e em um espaço de tempo tão curto. Os dois levaram tiros em áreas vitais, como a cabeça", comentou à IMPRENSA um funcionário do jornal, que não quis se identificar.

A equipe da publicação vive um clima de extrema preocupação e um sentimento muito forte de medo. As condições psicológicas de todos serão avaliadas.

"Fica também o sentimento de esperança que o Estado cumpra seu papel de dar uma resposta. Não para o jornal, não para os jornalistas, mas para a sociedade. O Estado tem o dever constitucional de esclarecer esses dois crimes e apontar quem são os culpados. Ele tem esse compromisso, essa responsabilidade, esse dever", completou.

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