Emoção é a palavra-chave quando o assunto é futebol. Faro jornalístico é a característica essencial para os fotógrafos que cobrem o esporte. Paixão é o toque especial para os profissionais que acompanham o dia a dia dos principais clubes do país como parte da equipe de comunicação dos times.
Daniel Augusto Jr., fotógrafo oficial do Corinthians, foi o primeiro a inaugurar uma tendência europeia em solo brasileiro. Em 2008, após ser contratado pelo clube, apresentou-se ao técnico Mano Menezes, que, em tom de brincadeira, disse: “Faça o seu trabalho corretamente, e eu farei também o meu”. Deu certo.
A larga experiência em veículos da imprensa paulistana fez com que ele abrisse caminho para que os profissionais de fotografia fossem vistos como essenciais para preservar a memória dos times.
O legado do fotógrafo corintiano já rendeu frutos. Nos cinco anos de trabalho ao lado do time, produziu seis livros sobre as principais conquistas alvinegras nesse período, sendo que o último, sobre o bicampeonato mundial de clubes, lhe rendeu quinto lugar na lista de livros mais vendidos.
Daniel acredita que a contratação de fotógrafos pelos clubes ocorreu quando perceberam que “ter esse profissional no dia a dia é importante”. E defende que essa cobertura seja realizada por alguém que torça pelo time, tanto que recusou trabalhos em outras equipes. “Com toda a certeza, profissionalmente, sairia um bom trabalho, mas talvez faltasse paixão”, revela.
Seguindo o caminho do colega de São Paulo, Alexandre Vidal fotografa o cotidiano do Flamengo há três anos, após outros trabalhos no esporte. O profissional também vê com bons olhos este tipo de ação. “A grande importância de se ter um fotógrafo oficial é que ele se torna um grande aliado ao produzir material exclusivo para o marketing. Sem contar o imenso valor cultural, já que retrato a história da instituição, e isso fica para a eternidade”, diz.
O fotógrafo rubro-negro garante que busca repassar ao leitor/torcedor os sentimentos inerentes a uma partida de futebol nas imagens. “Estou sempre atento e sensível para registrar todas as expressões recorrentes durante um jogo.”
Diferenciados, os profissionais de imagem dos times têm como missão apresentar em seus cliques as características pelas quais o clube é reconhecido, sem perder o foco na informação. Afinal, como define Daniel, “isso é fotojornalismo”.
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