Para não ser preso, o fotógrafo americano Mark Byron terá que publicar diariamente, durante um mês, em seu em perfil do Facebook um pedido de desculpas à sua futura ex-esposa por comentários que teria feito sobre a mulher na própria rede social. A sentença pode chegar a 60 dias de prisão, mais multa de US$500, caso não publique a mensagem até às nove horas da manhã de cada dia.
O pedido de desculpas foi redigido pelo próprio juiz de “Relações Domésticas”, Paul Meyers, que o sentenciou. Tal tipo de censura, viola o princípio da liberdade de expressão, dizem o jornais USA Today, Washington Post e outras publicações.
O fotógrafo freelancer do tabloide The Enquirer alega que só reclamou com amigos sobre os problemas que enfrenta no processo de divórcio. Ele diz que o texto sequer foi dirigido à esposa. no entanto, a versão postada chegou ao tribunal: “Se você é uma pessoa má, uma mulher vingativa que quer arruinar a vida de seu marido e levar seu filho para o mais longe possível dele, tudo o que você tem de fazer é declarar que está com medo do seu marido ou de seu parceiro e eles vão levá-lo para longe”.
A acusação apresentada ao tribunal pela futura ex-mulher de Byron foi feita mais ou menos nos termos da mensagem publicada na rede social. Ela declarou que o fotógrafo cometeu abusos verbais contra ela, fez ameaça de espancá-la com os punhos e de acabar com sua vida. O fotógrafo foi inocentado das acusações criminais contra ele, mas um tribunal civil emitiu uma ordem que o obriga a manter distância da mulher.
Elizabeth soube da postagem, apesar de Mark haver bloqueado o acesso dela à sua página no Facebook. E concluiu que o comentário violava uma ordem judicial, emitida anteriormente, que o proibia de fazer qualquer coisa que fizesse a mulher sofrer abuso físico e/ou mental, molestamento, aborrecimento ou dano físico. O juiz decidiu que Mark tentava denegrir a imagem de sua mulher.
O texto de pedido de desculpas, escrito pelo juiz Paul Meyers, diz: "Eu gostaria de pedir desculpas a minha mulher, Elizabeth Byron, pelos comentários relativos a ela e a nosso filho... que foram postados na minha página no Facebook em ou em torno de 23 de novembro de 2011. Eu, pelo presente, admito que duas autoridades judiciárias do Tribunal de Relações Domésticas do Condado de Hamilton ouviram testemunhos e determinaram que eu cometi um ato de violência doméstica contra Elizabeth em 17 de janeiro de 2011...”
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