segunda-feira, 27 de maio de 2013
Com uma máquinas dessas...até eu?
Que atire a primeira pedra o fotógrafo que nunca foi ‘desafiado’ com a seguinte frase: “Mas também… com uma máquina dessas, até eu!”. Dias desses, o fotógrafo Leandro Araujo, de Campo Grande (MS), ouviu uma dessas, mas encontrou uma maneira super inteligente de provar que não é com uma câmera que se faz um profissional. Tudo, obviamente, sem “perder a linha”. Veja como foi!
*Por Leandro Araujo
“No mês passado, eu estava fotografando um casamento e, enquanto eu dirigia a cena com os noivos, um convidado chegou ao meu lado, me pedindo para olhar a imagem na câmera. Mostrei para ele, e ele gostou da foto. Elogiou o meu trabalho, o modo como eu dirigia aquela cena, e aí logo disparou: “Mas também… com uma máquina dessas, até eu!”.
Prontamente, tirei uma foto do chão e mostrei para ele. Perguntei se gostou daquela imagem. E, é claro, ele disse que não. Aí, eu respondi: “Mas foi com a mesma máquina que tirou a foto que você gostou”.
Acabamos rindo da situação, e essa foi a maneira que encontrei para mostrar pra ele que a câmera é um equipamento, que não faz nada sozinho. O fotógrafo é quem dirige a cena e procura momentos de emoção, ou que revele algum sentimento”.
domingo, 26 de maio de 2013
Fotógrafo do O POVO, André Salgado, morre ao cair de prédio em Natal
O fotógrafo do O POVO, André Salgado, morreu, na manhã deste domingo, 26, ao cair do 21º andar do Condomínio Jardins do Alto, localizado na zona Leste de Natal, no Rio Grande do Norte.
De acordo com informações do Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep), para onde o corpo foi levado, André, de 24 anos, estava fotografando amigos na sacada do 21º andar do edífício, quando, ao passar de uma laje para outra, se desequilibrou e caiu de uma altura aproximada de 100 metros. O acidente ocorreu por volta das 10h20min. Ele morreu instantaneamente.
A tia de André, Tânia Salgado, informou ao O POVO Online que o corpo já foi liberado pelo Itep, mas que ainda aguarda autorização do cartório para ser realizado o traslado pela funerária. Ela disse que o velório de André ocorrerá no Parque da Paz, provavelmente no fim da tarde desta segunda-feira, 27.
Dilson Alexandre, coordenador dos cursos de jornalismo e publicidade da Faculdade 7 de Setembro (Fa7), onde André cursava o último ano de publicidade, lamentou a morte do estudante, lembrando que ele era um jovem "muito alegre e criativo". "Amanhã será um dia de prestar homenagens ao André. Os colegas estão selecionando fotos tiradas por ele durante o curso para uma exposição, que será realizada em breve na faculdade", disse o coordenador.
De acordo com informações do Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep), para onde o corpo foi levado, André, de 24 anos, estava fotografando amigos na sacada do 21º andar do edífício, quando, ao passar de uma laje para outra, se desequilibrou e caiu de uma altura aproximada de 100 metros. O acidente ocorreu por volta das 10h20min. Ele morreu instantaneamente.
Foto: Ricardo Araújo/Tribuna do Norte |
Dilson Alexandre, coordenador dos cursos de jornalismo e publicidade da Faculdade 7 de Setembro (Fa7), onde André cursava o último ano de publicidade, lamentou a morte do estudante, lembrando que ele era um jovem "muito alegre e criativo". "Amanhã será um dia de prestar homenagens ao André. Os colegas estão selecionando fotos tiradas por ele durante o curso para uma exposição, que será realizada em breve na faculdade", disse o coordenador.
Exposição de fotografia retrata cotidiano do RN, Peru, Cuba e Austrália
A exposição traz fotografias de conhecidos cenários do RN, como o Rio Potengi (Foto: Pires Filho) |
A exposição foi idealizada por Nilson Morais, proprietário do Atêlie e professor de artes, que convidou e reuniu amigos, seus alunos e companheiros do Curso de Artes Visuais da UFRN, para realizar o evento. As diferentes atividades desenvolvidas pelos expositores, bem como a heterogeneidade dos estilos fotográficos, são os motivos para nominar a exposição de “Diversidades”. Serão apresentadas ao público mais de 60 fotos, distribuídas em painéis, que registram o cotidiano local e a cultura de outros países - Peru, Cuba, Austrália.
Expositores
MARI PICCONI: formada em publicidade e propaganda na Universidade Metodista de São Paulo, apaixonou-se pela disciplina de fotografia e hoje atua como coordenadora de marketing em uma escola particular. Após experiências no exterior, encontrou no nordeste ótimas inspirações para seus cliques fotográficos.
RICARDO NUNES CORINGA: professor de artes e artista visual, graduado no curso de Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente atua como professor em escolas pública e privada. O interesse no campo fotográfico surgiu a partir da disciplina de fotografia, vista no curso de artes visuais.
SAMIRA SALLYANE: artista visual formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. É, atualmente, professora de artes em escola particular e pintura no Nil Ateliê e Galeria de Artes.
DAWSON CAMPOS DE LIMA: é médico oftalmologista, graduado e pós-graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atua em Natal e no interior do estado. Trabalha como médico voluntário em comunidades ribeirinhas do Norte do Brasil, em parceria com a ONG Asas de Socorro. Tem na fotografia de viagem seu principal hobby. Sua exposição traz fotos feitas na Europa, em países da América Latina e no Norte-Nordeste do Brasil.
PAULA GEÓRGIA FERNANDES: graduada em arquitetura e urbanismo pela UFRN, fotógrafa autodidata, membro da Rede Brasileira de Produtores Culturais em Fotografia no Brasil. Desde 2009, atua como produtora cultural no segmento de Fotografia.
AGNALDO PIRES FILHO: Tenente Coronel da Polícia Militar, atualmente exerce a função de Chefe de Gabinete do Comandante Geral, tem a fotografia como hobby e apresenta na exposição a diversidade das paisagens potiguares.
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sábado, 25 de maio de 2013
quinta-feira, 23 de maio de 2013
quarta-feira, 22 de maio de 2013
terça-feira, 21 de maio de 2013
Entrevista Sebastão Salgado: Fascínio da imagem
Sebastião Salgado construiu sua carreira como um dos mais aclamados fotógrafos da história registrando o homem, as questões sociais, a industrialização, a economia, a imigração, a vida e a morte das guerras. Um desses projetos, Êxodos, lançado em 2000, é o best-seller que encarna seu fascínio pelo humano ordinário em fuga – o trânsito dos refugiados. Ao término desse projeto, que marcou sua biografia, o fotógrafo brasileiro radicado em Paris estava morrendo.
Como as populações que viu agonizarem em Ruanda, como os milhares de cadáveres que viu serem empilhados por retroescavadeiras, seu corpo também se deteriorava. Mergulhado na depressão e na descrença profunda na humanidade, Salgado decidiu parar de fotografar.
Para curar sua alma, refugiou-se no Brasil. Lá, junto do pai e da mulher, a designer Lélia Wanick Salgado, descobriu que a degradação não era apenas do ser humano, mas também do ambiente. O paraíso no qual tinha passado a infância estava sendo arrasado. Diante do desafio de reconstruir o ecossistema que trazia na memória, lançou-se a um projeto de reflorestamento e preservação ambiental.
O contato com a terra, então, lhe devolveu o contato com a Terra. E daí nasceu Genesis, um projeto fotográfico ambicioso e milionário (de € 8 milhões), dividido em oito anos e em 32 reportagens, verdadeiras expedições a ecossistemas, paisagens e povos intocados pelo progresso.
Lançada em Londres em 9 de abril, a primeira edição de Genesis, de 50 mil exemplares escritos em seis línguas, esgotou-se em 20 dias. Outra edição já foi encomendada e vai ficar pronta até o final deste mês. A previsão de seu editor, a alemã Taschen, é de que entre 500 mil e um milhão de livros sejam vendidos – de duas vezes e meia a oito vezes mais do que Êxodos. A exposição fotográfica chega a São Paulo em 11 de setembro.
Muito além do sucesso comercial, entretanto, Genesis significa para Salgado uma espécie de renascimento. Em suas reportagens, o fotógrafo que antes imortalizava homem e agora registra habitats reencontrou a esperança. Em lugar da depressão que o abalou ao fim de Êxodos, Genesis lhe traz entusiasmo, fascinação e otimismo. Salgado descobriu que a Terra, por mais abalada que esteja pela intervenção do homem, ainda vive. A seguir, a síntese da entrevista concedida ao Estado em seu ateliê um dia após a sessão de autógrafos realizada de Paris na sexta-feira (17/5).
Você construiu sua carreira registrando o homem e suas questões econômicas, políticas e sociais. Ao que consta, ao fim de Êxodos você estava abalado, perdendo a fé na humanidade e decidiu parar de fotografar. É isso?
Sebastião Salgado – Sim, eu parei de fotografar um momento. Quando estava fazendo Êxodos, sofri uma carga psicológica brutal. Em Ruanda, principalmente, vi coisas terríveis. A força de se trabalhar em um universo difícil, violento, é enorme. Eu presenciei 15, 20 mil mortos por dia, a tal ponto de não se poder enterrar as pessoas. Os corpos se acumulavam em montes, em linhas de 100 metros de mortos. Aí vinha a máquina e levantava 30, 40 corpos e os jogava em um buraco. Era uma coisa brutal. Vi populações em total desespero. Quando terminei esse trabalho, meu corpo inteiro estava doente. Eu não conseguia mais dormir, não fazia mais a digestão. Fui ver o médico e fiz exames. Ele me disse: “Você não tem nada, mas está morrendo”. Eu tinha vivido um universo de degradação tão profundo que meu corpo não se dava mais o direito de viver.
Com foi a redescoberta?
S.S. – Lélia e eu paramos e fomos para Porto Seguro. Coincidentemente, foi o momento em que meus pais estavam ficando velhinhos, e nos passaram uma fazenda em Minas Gerais. Pensamos até em ser fazendeiros, abandonar a fotografia. Mas, quando vi aquela terra, ela não era mais o paraíso com 50% de cobertura de florestas de quando eu era criança, mas só com 0,3% de cobertura florestal. Na minha região inteira, tudo estava destruído. Eu estava meio morto, e aquela terra estava meio morta, apesar de sua qualidade maravilhosa. A Lélia então teve uma ideia maravilhosa. Ela me disse: “Você sempre me disse que cresceu em um paraíso. Por que não replantamos a floresta nativa que havia aqui?”. Foi construindo esse projeto que veio a ideia de fotografar o planeta. Eu nunca tinha fotografado paisagens, nem outros animais. Foi fantástico.
Mas para isso você teve de sair da zona de conforto e se lançar no desconhecido.
S.S. – Sim, mas o conforto é relativo. Eu trabalhei dentro do projeto Genesis com grupos que ainda vivem como há 3 mil, 10 mil, 50 mil anos. E posso dizer que eles vivem de uma forma hiper confortável. Não têm a sofisticação de consumo de produtos que nós temos, mas eles têm um conceito que nós perdemos: o essencial. Eles vivem de uma maneira fantástica, com o mesmo sentido de comunidade e de solidariedade que nós temos.
E você teve de viver assim também durante o projeto.
S.S. – Fazendo esse projeto, voltei a viver como vivíamos há cinco mil anos, em uma barraca, caminhando… Fiz caminhadas incríveis, como no norte da Etiópia, por exemplo. Foram 55 dias caminhando, fazendo 850 quilômetros a pé, pelas montanhas, porque não tem estrada. A Lélia veio a 350 quilômetros do fim e fomos embora. Qualquer um pode fazer. Não é um desconforto. É maravilhoso.
Você disse em uma de suas entrevistas que se reencontrou como animal.
S.S. – Sim, sou um animal e me reencontrei com minha espécie. Lembro de quando fotografei uma iguana em Galápagos e me dei conta de que ela era uma miniatura de um dinossauro. Estava ali em frente à mim. Quando fotografei aquela pata, foquei minha teleobjetiva macro e me senti como se estivesse fotografando a mão de um guerreiro da Idade Média, com aquelas escamas de metal protegendo-o para a luta. Todos os movimentos musculares, as veias, os cinco dedos, tudo estava ali representado. Se aceitamos a Teoria da Evolução de Darwin, sabemos que viemos todos da mesma célula de base e evoluímos em trajetórias diferentes, em função dos ecossistemas em que vivemos. Na verdade, entendi que o que nos contaram a vida inteira, que éramos a única espécie racional, é uma enorme pretensão da nossa espécie. Todas são racionais. Mas é preciso entrar na sua lógica para compreender a racionalidade de cada espécie.
Genesis lhe fez filosofar sobre a vida também?
S.S. – Filosofar, não. Mas me fez voltar à essência e sair com muita paz desse projeto.
***
Andrei Netto é correspondente do Estado de S.Paulo em Paris
Como as populações que viu agonizarem em Ruanda, como os milhares de cadáveres que viu serem empilhados por retroescavadeiras, seu corpo também se deteriorava. Mergulhado na depressão e na descrença profunda na humanidade, Salgado decidiu parar de fotografar.
Para curar sua alma, refugiou-se no Brasil. Lá, junto do pai e da mulher, a designer Lélia Wanick Salgado, descobriu que a degradação não era apenas do ser humano, mas também do ambiente. O paraíso no qual tinha passado a infância estava sendo arrasado. Diante do desafio de reconstruir o ecossistema que trazia na memória, lançou-se a um projeto de reflorestamento e preservação ambiental.
O contato com a terra, então, lhe devolveu o contato com a Terra. E daí nasceu Genesis, um projeto fotográfico ambicioso e milionário (de € 8 milhões), dividido em oito anos e em 32 reportagens, verdadeiras expedições a ecossistemas, paisagens e povos intocados pelo progresso.
Lançada em Londres em 9 de abril, a primeira edição de Genesis, de 50 mil exemplares escritos em seis línguas, esgotou-se em 20 dias. Outra edição já foi encomendada e vai ficar pronta até o final deste mês. A previsão de seu editor, a alemã Taschen, é de que entre 500 mil e um milhão de livros sejam vendidos – de duas vezes e meia a oito vezes mais do que Êxodos. A exposição fotográfica chega a São Paulo em 11 de setembro.
Muito além do sucesso comercial, entretanto, Genesis significa para Salgado uma espécie de renascimento. Em suas reportagens, o fotógrafo que antes imortalizava homem e agora registra habitats reencontrou a esperança. Em lugar da depressão que o abalou ao fim de Êxodos, Genesis lhe traz entusiasmo, fascinação e otimismo. Salgado descobriu que a Terra, por mais abalada que esteja pela intervenção do homem, ainda vive. A seguir, a síntese da entrevista concedida ao Estado em seu ateliê um dia após a sessão de autógrafos realizada de Paris na sexta-feira (17/5).
Você construiu sua carreira registrando o homem e suas questões econômicas, políticas e sociais. Ao que consta, ao fim de Êxodos você estava abalado, perdendo a fé na humanidade e decidiu parar de fotografar. É isso?
Sebastião Salgado – Sim, eu parei de fotografar um momento. Quando estava fazendo Êxodos, sofri uma carga psicológica brutal. Em Ruanda, principalmente, vi coisas terríveis. A força de se trabalhar em um universo difícil, violento, é enorme. Eu presenciei 15, 20 mil mortos por dia, a tal ponto de não se poder enterrar as pessoas. Os corpos se acumulavam em montes, em linhas de 100 metros de mortos. Aí vinha a máquina e levantava 30, 40 corpos e os jogava em um buraco. Era uma coisa brutal. Vi populações em total desespero. Quando terminei esse trabalho, meu corpo inteiro estava doente. Eu não conseguia mais dormir, não fazia mais a digestão. Fui ver o médico e fiz exames. Ele me disse: “Você não tem nada, mas está morrendo”. Eu tinha vivido um universo de degradação tão profundo que meu corpo não se dava mais o direito de viver.
Com foi a redescoberta?
S.S. – Lélia e eu paramos e fomos para Porto Seguro. Coincidentemente, foi o momento em que meus pais estavam ficando velhinhos, e nos passaram uma fazenda em Minas Gerais. Pensamos até em ser fazendeiros, abandonar a fotografia. Mas, quando vi aquela terra, ela não era mais o paraíso com 50% de cobertura de florestas de quando eu era criança, mas só com 0,3% de cobertura florestal. Na minha região inteira, tudo estava destruído. Eu estava meio morto, e aquela terra estava meio morta, apesar de sua qualidade maravilhosa. A Lélia então teve uma ideia maravilhosa. Ela me disse: “Você sempre me disse que cresceu em um paraíso. Por que não replantamos a floresta nativa que havia aqui?”. Foi construindo esse projeto que veio a ideia de fotografar o planeta. Eu nunca tinha fotografado paisagens, nem outros animais. Foi fantástico.
Mas para isso você teve de sair da zona de conforto e se lançar no desconhecido.
S.S. – Sim, mas o conforto é relativo. Eu trabalhei dentro do projeto Genesis com grupos que ainda vivem como há 3 mil, 10 mil, 50 mil anos. E posso dizer que eles vivem de uma forma hiper confortável. Não têm a sofisticação de consumo de produtos que nós temos, mas eles têm um conceito que nós perdemos: o essencial. Eles vivem de uma maneira fantástica, com o mesmo sentido de comunidade e de solidariedade que nós temos.
E você teve de viver assim também durante o projeto.
S.S. – Fazendo esse projeto, voltei a viver como vivíamos há cinco mil anos, em uma barraca, caminhando… Fiz caminhadas incríveis, como no norte da Etiópia, por exemplo. Foram 55 dias caminhando, fazendo 850 quilômetros a pé, pelas montanhas, porque não tem estrada. A Lélia veio a 350 quilômetros do fim e fomos embora. Qualquer um pode fazer. Não é um desconforto. É maravilhoso.
Você disse em uma de suas entrevistas que se reencontrou como animal.
S.S. – Sim, sou um animal e me reencontrei com minha espécie. Lembro de quando fotografei uma iguana em Galápagos e me dei conta de que ela era uma miniatura de um dinossauro. Estava ali em frente à mim. Quando fotografei aquela pata, foquei minha teleobjetiva macro e me senti como se estivesse fotografando a mão de um guerreiro da Idade Média, com aquelas escamas de metal protegendo-o para a luta. Todos os movimentos musculares, as veias, os cinco dedos, tudo estava ali representado. Se aceitamos a Teoria da Evolução de Darwin, sabemos que viemos todos da mesma célula de base e evoluímos em trajetórias diferentes, em função dos ecossistemas em que vivemos. Na verdade, entendi que o que nos contaram a vida inteira, que éramos a única espécie racional, é uma enorme pretensão da nossa espécie. Todas são racionais. Mas é preciso entrar na sua lógica para compreender a racionalidade de cada espécie.
Genesis lhe fez filosofar sobre a vida também?
S.S. – Filosofar, não. Mas me fez voltar à essência e sair com muita paz desse projeto.
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Andrei Netto é correspondente do Estado de S.Paulo em Paris
Fotógrafo que registrou falso ‘suicídio’ de Herzog vai depor na Comissão da Verdade
Silvaldo Leung Vieira, ex-fotógrafo do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), que mora nos EUA desde os anos 1970, virá ao Brasil para depor na Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo sobre a montagem e registro do falso “suicídio” do jornalista Vladimir Herzog, morto sob torturas em 1975.
De acordo com O Globo, Vieira será questionado também sobre as montagens dos registros dos “suicídios” de outros presos políticos em órgãos de repressão durante a ditadura militar. O caso do metalúrgico Manoel Fiel Filho também será analisado.
O fotógrafo, responsável pelas imagens que registraram as farsas sobre as mortes de Herzog e Fiel Filho, participará, na próxima segunda-feira (27/5), de uma visita de reconhecimento ao prédio onde funcionava o DOI-Codi, local da morte dos militantes. Após isso, concederá depoimento à Comissão da Verdade de São Paulo.
“Ainda carrego um triste sentimento de ter sido usado para montar essas mentiras”, declarou Leung Vieira à Folha de S. Paulo, em fevereiro do ano passado.
Na época das mortes, Vieira tinha 22 anos e aprendia fotografia no departamento da Polícia Civil, até que foi recrutado para trabalhar com o Dops.
De acordo com O Globo, Vieira será questionado também sobre as montagens dos registros dos “suicídios” de outros presos políticos em órgãos de repressão durante a ditadura militar. O caso do metalúrgico Manoel Fiel Filho também será analisado.
O fotógrafo, responsável pelas imagens que registraram as farsas sobre as mortes de Herzog e Fiel Filho, participará, na próxima segunda-feira (27/5), de uma visita de reconhecimento ao prédio onde funcionava o DOI-Codi, local da morte dos militantes. Após isso, concederá depoimento à Comissão da Verdade de São Paulo.
“Ainda carrego um triste sentimento de ter sido usado para montar essas mentiras”, declarou Leung Vieira à Folha de S. Paulo, em fevereiro do ano passado.
Na época das mortes, Vieira tinha 22 anos e aprendia fotografia no departamento da Polícia Civil, até que foi recrutado para trabalhar com o Dops.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
sexta-feira, 17 de maio de 2013
quinta-feira, 16 de maio de 2013
A filha Karl Marx
Jenny Laura Marx, 1860 (Foto: Autor Desconhecido) |
Luma de Oliveira por Antonio Guerreiro
Antonio Guerreiro sobre a imagem que mostra a sensualíssima modelo Luma de Oliveira: “Essa foto foi feita para uma matéria da revista Manchete quando ela começou a namorar o Eike Batista, fui até Angra dos Reis para fotografar na casa dele, onde a retratei seminua na piscina, um grande abraço e parabéns pelo blog”, respondeu Guerreiro. O namoro começou em 1990, quando Eike convidou Luma para participar de uma competição de lanchas. Seis meses depois a modelo engravidou e casou-se com Eike. Os dois viveram juntos durante 14 anos até se separarem oficialmente, tiveram dois filhos.
terça-feira, 14 de maio de 2013
segunda-feira, 13 de maio de 2013
domingo, 5 de maio de 2013
Anunciado os vencedores do Prêmio Pulitzer de Fotografia 2013
Semana passada, foram anunciados os vencedores do “Prêmio Pulitzer 2013”, o mais importante prêmio de fotojornalismo no mundo. A coragem dos fotógrafos nas coberturas jornalísticas de guerra é reconhecida com o prêmio em dinheiro e fama. Todos os dias, os fotógrafos de guerra produzem imagens memoráveis sob risco extremo.
Os vencedores foram: na categoria “Breaking News Photography”, o prêmio foi para a equipe da Associated Press que cobriu a guerra civil da Síria composta pelos fotógrafos Rodrigo Abd, Manu Brabo, Narciso Contreras, Khalil Hamra e Muhammed Muheisen.
Na categoria “Feature Photography”, os louros do prêmios foi para o fotógrafo freelancer, Javier Manzano, que estava trabalhando para a Agencia France Presse. A foto (acima) vencedora foi considerada “extraordinária” pelo comitê que escolhe as fotografias finalistas.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
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