quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Inscrições para concurso de fotografia do Idema vão até outubro

O concurso de fotografia "Paisagens do Ecossistema Potiguar", promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), segue com inscrições abertas até o início de outubro. O certame foi lançado durante a Semana do Meio Ambiente, em junho, e tem por objetivo premiar as melhores fotografias paisagísticas que representem e identifiquem os ecossistemas do RN, como a Caatinga, Mata Atlântica, Dunas, Restinga, Serras, Tabuleiro Litorâneo, Manguezal, Mar, Rio, Lagoas, Patrimônio Arqueológico, Patrimônio Espeleológico e Patrimônio Paleontológico.

O concurso é aberto à participação de fotógrafos profissionais e amadores, que irão concorrer aos prêmios de três mil, dois mil e mil reais, para o primeiro, segundo e terceiro colocados, respectivamente. As inscrições devem ser feitas até o dia 5 de outubro, podendo cada fotógrafo concorrer com até três fotografias. O resultado e premiação estão previstos para o dia 25 de novembro, em evento comemorativo aos 35 anos do Parque das Dunas.

O regulamento e ficha de inscrição podem ser adquiridos através do site da instituição, no endereço www.idema.rn.gov.br. Após inscritas no concurso, as fotos passarão a ser de propriedade do Idema, que poderá fazer uso das mesmas em seu material institucional - preservando os créditos do autor. Não serão aceitas fotografias que já tenham sido publicadas ou premiadas anteriormente.

As fotografias concorrentes devem ser entregues na sede do Idema (av. Nascimento de Castro, 2127, Lagoa Nova), no Setor de Comunicação. O Concurso IDEMA de Fotografia "Paisagens do Ecossistema Potiguar" é o quinto certame fotográfico realizado pelo órgão, tendo promovido anteriormente o Concurso Internacional do Parque das Dunas (2004), Concursos I e II dos Ecossistemas do RN (2006 e 2007) e Concurso das UCs e Monumentos Ecológicos (2009).

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Fotógrafa retrata cães idosos nos EUA




A fotógrafa americana Nancy Levine iniciou há oito anos um roteiro pelos Estados Unidos para retratar cães idosos.

Ela diz que seu interesse pelo tema foi despertado quando seus próprios cães de estimação começaram a apresentar sinais de que estavam próximos do fim.

Nancy Levine conta que isso ocorreu na mesma época em que ela começou a refletir sobre sua própria mortalidade.

"Eu vi como os cães fazem; como, sem a dolorosa capacidade humana de fazer planos para o futuro e temer o inevitável, o cão simplesmente acorda para cada dia como um novo passo na jornada."

Na foto, Abby, 9 anos, em retrato feito em Mercer Island, no Estado de Washington.

A fotógrafa diz ter registrado em sua viagem “cães idosos cercados de amor, devoção e respeito”. Na foto, Joey, 9 anos, em Hawthorne, Nova Jérsei.

“Eu encontrei cães habitando todas as formas da vida americana”, diz Nancy Levine. Esta foto de Ginger, 12 anos, foi feita em Devil’s Tower, no Estado de Wyoming.

Jake, 16 anos, vive em um hotel de beira de estrada em Higgins, no Texas. Segundo a fotógrafa, ele parece totalmente à vontade com o constante fluxo de pessoas.

Em suas viagens pelo país, a fotógrafa diz ter testemunhado inúmeras demonstrações de afeto entre as pessoas e os cães mais vulneráveis. A imagem, feita em Billings, Montana, mostra Natasha Marie, 12 anos.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Henri Cartier Bresson, o homem invisível e toda a visibilidade de sua obra



Nascido na Paris de 1908, Henri viveu uma época onde os pais ditavam o futuro dos filhos mas tendo ele já nascido um artista livre seguiu seu próprio rumo. Em uma viagem à África Henri deixou a pintura e se enveredou de vez pela fotografia se tornando o grande mestre da arte fotográfica dos anos 20 inspirado pela fotografia de do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista Photographies (1931), mostrando três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.

Viajou o mundo com sua Laica em punho e fez o mundo viajar com suas fotografias focadas em temas do fotojornalismo. Como não poderia deixar de ser, fez grandes registros históricos, foi prisioneiro dos Alemães por três anos durante a Segunda Grande Guerra e por pouco não fazem uma exposição póstuma de suas obras por acharem que estava morto. Foi também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registrar a vida na União Soviética de maneira livre.

Junto com o amigo Robert Capa, David ''Chim'' Seymour e George Rodger, fundou a Agência Magnum em 1947 e já em 1948 partiu para o mundo novamente, circulando por Índia, Burma, Paquistão, China e Indonésia até 1950. Suas lentes registraram o fim do domínio britânico na Índia, o assassinato de Mohandas Gandhi e os primeiros meses de Mao Tse Tung tudo devidamente registrado no livro IMAGES À LA SAUVETTE lhe rendendo uma reputação sem precedentes. "No meu modo de ver, a fotografia nada mudou desde a sua origem, exceto nos seus aspectos técnicos, os quais não são minha preocupação principal. A fotografia é uma operação instantânea que exprime o mundo em têrmos visuais, tanto sensoriais como intelectuais, sendo também uma procura e uma interrogação constantes. E' ao mesmo tempo o reconhecimento de um fato numa fração de segundo, e o arranjo rigoroso de formas percebidas visualmente, que conferem a esse fato expressão e significado".

Perfeccionista, tentou por duas vezes destruir suas próprias fotos, o que felizmente, não conseguiu. Deixou a Magnum em 1966 e passou a não mais fotografar de forma profissional. Avesso a fama e badalações não se deixava fotografar por não querer que fizessem com ele o que ele fez com os outros a vida inteira. Para muitos Cartier-Bresson é puro lirismo e poesia, suas imagens desconhecem limites e sua genialidade se dá justamente por ele estar sempre invisível e deixar suas fotos sob os holofotes.

Henri Cartie-Bresson, faleceu em 02 de agosto de 2004, mas a sua obra é eterna e continua influenciando muitos artistas, fotógrafos e admiradores. Como poucos sabem fazer parar no tempo situações que duraram frações de segundos. Para preservar o seu legado e manter vivo o seu espírito livre, Henri Cartier-Bresson, Martine Franck e sua filha Mélanie decidiram montar uma fundação que teve início na primavera de 2003, um ano antes de o mestre partir.




A fundação é reconhecida pelo governo Francês como de obra de grande interesse público e está sediada em uma belíssima casa em Montparnasse. Fica a dica para os amantes do trabalho de Henri Cartier-Bresson, para quem a câmera é um instrumento de intuição e espontaneidade.












terça-feira, 18 de setembro de 2012

O descontraído Henri Cartier-Bresson

Henri Cartier-Bresson em 1971. (Foto :Martine Franck)

Esta bela foto que mostra Henri Cartier-Bresson (1908-2004) num momento de descontração foi feita em 1971, pela sua mulher Martine Franck, que também era fotógrafa. Em seu site, a Magnum não especifica o local desta imagem. Martine começou a sua carreira em 1965, e nos anos 80 tornou-se uma das poucas mulheres associadas à Agência Magnum. Martine foi presidente da Fundação Henri Cartier-Bresson, fundada em 2002, em Paris. Faleceu no mês passado, aos 74 anos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Samsung lança câmera fotográfica com sistema Android


A sul-coreana Samsung decidiu dirigir parte de seus investimentos a um setor em que não pode ser atacada judicialmente pela Apple. Nesta segunda-feira, a companhia anunciou o lançamento de uma nova série de câmeras fotográficas digitais com um diferencial interessante: elas funcionam com o sistema operacional Android, do Google. Os modelos, batizados Galaxy Camera, utilizam a versão 4.1 da plataforma, e alguns deles são capazes de se conectar às redes 3G e 4G.

"Acreditamos que a Galaxy Camera chega ao mercado para inaugurar uma nova era da comunicação visual, com imagens de alta qualidade e compartilhamento instantâneo de onde quer que o usuário esteja", afirma Thiago Onorato, gerente sênior de imagem digital da Samsung, em comunicado oficial.






As câmeras possuem sensor de 16,3 megapixels e uma tela de LCD de 4,8 polegadas sensível ao toque de 308 pontos por polegada – o que deixa a imagem bem mais nítida. Para efeito de comparação, o novo smartphone da Apple, o iPhone 5, oferece 326 pontos por polegadas. A memória interna do aparelho é de 8 GB, com possibilidade de expansão com cartões dos padrões micro SDSC, micro SDHC e micro SDXC. Os vídeos são gravados em qualidade HD.


Para permitir a instalação de aplicativos, e garantir o seu funcionamento, a sul-coreana inseriu um processador de 1,4 GHz com quatro núcleos – o que permite a execução de editores de imagens e até jogos mais avançados. O pacote de programas também inclui serviços famosos do Google, como busca, mapas, Gmail, YouTube e até a loja Play, além de outros. A companhia ainda não apresentou o preço e nem a data de lançamento dos aparelhos.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Fotógrafo Alcir Lacerda falece, aos 85 anos, no Recife



Famoso pelas fotos em preto e branco, o fotógrafo Alcir Lacerda faleceu, na manhã desta segunda-feira (10), no Hospital Albert Sabin, no Centro do Recife. Ele tinha 85 anos e a causa da morte foi um infarto.

Familiares e amigos já prestam homenagem ao fotógrafo no Cemitério da Várzea, na Zona Oeste do Recife. O sepultamento está marcado para as 16h, no mesmo local.

Pernambucano de São Lourenço da Mata, Alcir Lacerda teve uma vida dedicada à fotografia. Ele trabalhou no Jornal do Commercio, Diario de Pernambuco, Estado de São Paulo, além de revistas como Manchete, Fatos e Fotos, Cruzeiro, Veja e Placar.

Suas imagens foram testemunhas da história recente de Pernambuco, como o Golpe Militar, a seca, uma enchente, a explosão de uma bomba no Aeoporto dos Guararapes. O acervo de fotografias de Alcir Lacerda pertence à Fundação Joaquim Nabuco.

Trabalhou também com publicidade e foi um dos protagonistas da profissionalização da fotografia em Pernambuco. Também presidiu por duas vezes a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Pernambuco nos anos 80.

Alcir Lacerda deixa cinco filhos, 11 netos e sete bisnetos. Segundo um deles, que tem o mesmo nome que o pai, o o fotógrafo não estava doente antes de sofrer o infarto nesta manhã.

Concurso "Pôr do sol no Potengi" anuncia premiados


Com informações da Tribuna do Norte

Hênio Bezerra foi o fotógrafo vencedor do primeiro concurso "Pôr do Sol no Potengi". A foto dele foi destaque entre mais de 180 fotos inscritas por 63 pessoas, que fotografaram o Potengi nos mais diversos ângulos. O fotógrafo Evaldo Gomes ficou em segundo lugar, o dentista-fotógrafo Pedro Morgan ficou na terceira colocação e o fotojornalista Ney Douglas ficou em quarto lugar.

Foto vencedora de Hênio Bezerra


Os quatros primeiros lugares serão premiados e as demais 16 fotos classificadas como "Menção Honrosa" farão parte da exposição "Pôr do Sol no Potengi" no Iate Clube do Natal, que será aberta na tarde desta sexta-feira, 14 de setembro, com um coquetel oferecido pelo clube para convidados e fotógrafos premiados.

O presidente da Comissão Julgadora, fotógrafo e professor de fotografia Wellington Lima, disse que foi muito difícil escolher o vencedor porque "as fotografias tinham o nível técnico muito alto".

Alguns fotógrafos que tiveram suas fotos classificadas como "Menção Honrosa" foram: Fernando Chiriboga, Vilma Vitor, Wallace Alexandro, Ricardo Gomes, Fernando Pereira, Flávio Aquino, Ivanovith Medeiros, Luiz Magno, Nelson Mattos, Ivonete Câmara, Luiz Henrique e Suzana Freire.

O concurso fotográfico "Pôr do Sol no Potengi" faz parte de uma série de eventos promovidos pela Associação Potiguar de Fotografia para celebrar os 10 anos de existência da entidade. O concurso fotográfico foi realizado pela Aphoto em parceria com o Iate Clube de Natal e foi aberto para fotógrafos amadores e profissionais com residência no Brasil.

Serviço:

Abertura da Exposição "Pôr do Sol no Potengi"
Entrega dos prêmios do concurso fotográfico
Data: 14 de setembro (sexta-feira)
Hora: 18 h
Local: Iate Clube do Natal
Entrada Livre

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Mackenzie promove debate sobre o "Fotojornalismo em Situações de Conflito"


No dia 11 de setembro, o Mackenzie realizará a 4ª edição da série Encontros Arfoc/Mackenzie. O tema deste ano é “Fotojornalismo em Situações de Conflito”, que será discutido exatamente 11 anos após os ataques em que 19 terroristas usaram quatro aviões para atacar diversos alvos nos EUA, incluindo as Torres Gêmeas.

Diversos fotojornalistas brasileiros discutirão as dificuldades encontradas para a cobertura jornalística de conflitos e guerras, tanto no Brasil como em países que sofrem com conflitos internacionais ou urbanos.

O evento é gratuito e aberto aos interessados. A palestra ocorrerá a partir das 19h30 no auditório Reverendo Wilson (11º andar) do prédio do Centro de Comunicação e Letras (CCL) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Fotógrafo que perdeu as pernas e o braço no Afeganistão descreve a mudança em sua percepção dos Jogos Paralímpicos

Derek Redmond ajudando-o a terminar os 400m depois que sua panturrilha estourou nos Jogos de Barcelona em 1992, Carl Lewis, Michael Johnson, sir Steve Redgrave – as memórias de infância estão cheias desses momentos e ídolos. Sou um desses caras que passa duas semanas grudado em cada esporte, de repente um especialista em arco sul-coreano, dissecando as sutilezas do pouso de um ginasta, elogiando os movimentos de um remador neozelandês. Até onde posso me lembrar, fui um viciado em Olimpíada. Mas a Paralimpíada? Nunca realmente me pegou. Meu erro foi pensar que a Paralimpíada tentava copiar a Olimpíada. Depois entendi que estava errado.

Então, num dia de verão do ano passado, enquanto trabalhava como fotógrafo no Afeganistão, meu relacionamento com a Paralimpíada e a deficiência mudou. Em um instante, uma bomba escondida me transformou de um homem capaz, um maratonista de 40 anos, em um triplo amputado. Para a sociedade, eu havia me tornado um homem gravemente incapacitado. A grande ironia foi que durante anos eu tinha documentado os feridos em conflitos ou marginalizados pela sociedade por causa de sua deficiência. Agora eu estava em suas fileiras.

Dois anos atrás, quando eu via alguém sem uma perna ou um braço, me perguntava como essa pessoa podia suportar. As façanhas de Oscar Pistorious antes me pareciam impossíveis; agora eu olhava com inveja para sua amputação abaixo do joelho.

No início de minha jornada, enquanto me recuperava de mais uma operação, lembro-me de uma enfermeira que disse: “Você deve estar realmente entusiasmado com a Paralimpíada”. Não foi a primeira vez que alguém fez um comentário parecido, mas ele ainda deixou meu coração apertado. Era um lembrete de como o mundo me via agora.

Desde o dia em que dei aquele passo fatídico no Afeganistão, sempre me senti a mesma pessoa; no entanto, inevitavelmente, não sou. Meu cerne, minhas paixões, meus amores e interesses continuam os mesmos; meu corpo, porém, mudou para sempre. Para os que olham para mim, quando me conhecem, é o corpo que veem. Sou rotulado como um deficiente.

No início lutei contra a ideia de que eu era um deficiente e tentei evitar qualquer associação. Não queria que meus ferimentos me definissem, ser visto de algum modo diferente de quem eu era. Por isso a Paralimpíada era algo que eu quase desprezava. Não gostava da ideia de ela salientar, ou mesmo comemorar, a deficiência.

As coisas começaram a mudar para mim quando saí do hospital. Tive a sorte de começar minha reabilitação com os militares em Headley Court, em Surrey. Embora não fosse necessariamente o lugar ideal para mim – não sou muito competitivo e prefiro uma abordagem da vida mais solitária –, ele me mostrou a importância do esporte e dos desafios na recuperação.

Entre nós havia alguns que pretendiam ser, e hoje são, paralímpicos. Outros tinham metas diferentes: pedalar através da América ou voltar a esquiar. Todo mundo, porém, enfrentou seus desafios individuais com incrível resolução. Ter essa meta os animava e dava uma sensação de objetivo quando tanto tinha sido tirado deles. Na verdade, costumávamos brincar que alguns caras não pareciam ter sido informados de que tinham perdido ou ferido um membro, pois continuavam treinando com toda a intensidade que um dia possuíram, senão mais. Eles tinham aceitado seus ferimentos e não estavam preparados para aceitar que fossem barreiras. Foi um privilégio treinar ao lado deles.

Com o passar do tempo, os jogos se aproximaram, e como eu havia conhecido alguns paratletas minhas opiniões começaram a mudar. Em parte através de seu exemplo, comecei a aceitar meus ferimentos e o modo como a sociedade me via agora. De modo surpreendente, comecei a ver as vantagens e benefícios de minha situação.

É claro que muitas atividades são mais difíceis, algumas até impossíveis. Tenho de conviver diariamente com dores. Como fotógrafo, tenho consciência de que não poderei fazer muitas das coisas que antes fazia. Muitas vezes olho para imagens que fiz no passado com uma tristeza que vem do fato de saber que não poderia refazê-las hoje. No entanto, você aprende a não enfocar no que não pode fazer, e sim no que pode. Agora vejo que algumas de minhas capacidades melhoraram. Estou mais considerado e enfocado, e grande parte de minhas dúvidas surpreendentemente se dissiparam. Mais importante, minha empatia e compreensão de meus temas aumentaram. Antes do acidente fotografei algumas cenas muito perturbadoras e muitas vezes me senti um abutre capturando o sofrimento dos outros – apesar de saber os motivos para tirar aquelas fotos. Ter passado por algo semelhante possivelmente dará a minhas fotos uma visão mais profunda.

Ainda este ano espero voltar ao exterior para continuar minha fotografia humanitária. Durante muito tempo questionei se isso era certo, pois achava que não deveria fazer esse trabalho a não ser que estivesse no topo do jogo. Depois de muito pensar e praticar, estou convencido de que voltarei ao trabalho um homem e um fotógrafo melhores do que era no dia em que dei aquele passo fatídico.

Foram esse crescimento e essa compreensão que mudaram minha opinião sobre a Paralimpíada. Hoje percebo que estava errado em minhas percepções dos jogos. Tudo está no nome. Esta é a “Olimpíada paralela”, não tenta competir com a Olimpíada ou comparar-se a ela. Celebra os atributos e as técnicas que estes atletas possuem. Quando as pessoas questionaram se Pistorius teve uma vantagem injusta na Olimpíada, estavam certas – não por causa de suas próteses high tech, mas por causa da força que sua jornada lhe deu.

Para a maioria dos atletas olímpicos, o treinamento é seu maior desafio e onde eles se esforçam até o limite. Para os paralímpicos, treinamento e competição são uma escapada das dificuldades e lutas da vida cotidiana. Essa é a diferença.