O fotojornalista é autor de sete livros, entre eles “Pantanal Na Linha D’água”, lançado este ano. As diversas viagens para uma das maiores planícies inundáveis do planeta lhe renderam o prêmio do Museu de História Natural em Londres, na Inglaterra. A imagem ‘Na Boca de um Jacaré’, tirada no Rio Negro, foi a vencedora.
"Receber esse prêmio foi muito bom porque é o principal reconhecimento do fotojornalismo na natureza. Ganhei o primeiro lugar em uma das categorias e isso abriu portas para palestras no exterior. Assim, eu pude levar meu trabalho e as questões ambientais brasileiras para a discussão em lugares importantes da Europa", conta.
Segundo o profissional, o maior desafio de fazer imagens em ambientes naturais é produzir interpretações de eventos imprevisíveis e efêmeros. "A fotografia não é um registro frio da realidade, ela é um exercício de interpretação. Para fazer uma imagem, você busca as maneiras de expressar sua opinião sobre determinada história e situação", explica.
Candisani é o único brasileiro a integrar a Liga Internacional dos Fotógrafos da Conservação, criada nos Estados Unidos por fotógrafos e editores da National Geographic com o intuito de reunir um grupo de profissionais, dentro do jornalismo, que estejam voltados para o meio ambiente. Para fazer parte, é preciso preencher critérios como excelência fotográfica e capacidade de mover as pessoas em direção à conservação.
O fotojornalista conta que a organização realiza diversas expedições com profissionais. Eles viajam para áreas onde é urgente a divulgação de alguma ameaça ou potencial de criação de reserva.
Para ele, a profissão contribui de maneira relevante para a conscientização das pessoas sobre a importância da preservação. "A fotografia é uma grande ferramenta para expor opiniões e provocar mudanças. O que não é diferente na natureza", completa.
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