O repórter-fotográfico da Folha de S.Paulo, Joel Silva, foi atingido de raspão na cabeça por um disparo enquanto fazia imagens dos protestos ao redor da cidade do Cairo, no Egito, nesta sexta-feira (16/8).
O incidente ocorreu em razão de um confronto entre os apoiadores e os opositores do presidente deposto Mohammed Mursi. Os apoiadores, islamitas, querem a restituição do presidente eleito e os opositores defendem o golpe realizado pelo Exército no último dia 3 de julho.
De acordo com a Folha, Silva foi tratado por médicos no hotel em que a reportagem está hospedada. Ele conta que os disparos, que ele filmou, começaram diante de um prédio da polícia, embaixo de um importante viaduto do Cairo.
Silva tentou retornar ao hotel de táxi, mas acabou parado em uma barreira militar. Demonstrando o ferimento, ele foi levado pelo próprio Exército egípcio, em um jipe, até o prédio. A equipe médica que avaliou o ferimento de Silva estabeleceu que ele não corre riscos. Há uma ferida na cabeça, já tratada pelo enfermeiro Ayman Mohsen.
"Eu não percebi, na hora", disse Silva, que vestia colete à prova de balas e um capacete quando foi ferido. "Senti um baque no capacete, então alguém ao redor me avisou que tinha recebido um tiro", completa.
Há dias o Exército ronda o hotel em que a reportagem está hospedada. Os funcionários orientam para que os hóspedes mantenham distância das janelas, por conta do risco de serem atingidos por balas perdidas.
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