A capital federal vista por um ângulo pouco habitual. Esqueça o Congresso Nacional e os engravatados do poder. Até a obra do arquiteto Oscar Niemeyer perde o destaque. A Praça dos Três Poderes foi o cenário, na noite de ontem (30), da exposição de uma série de fotos do projeto Brasília Utopia.
Fotógrafos foram convidados a apresentar a capital que eles idealizam. “A ideia era mostrar nossa utopia, nosso sonho, aquilo que queríamos que Brasília se tornasse e não se tornou ou mesmo aquilo que já se perdeu”, explica o fotógrafo João Paulo Barbosa, idealizador do projeto. Ele reuniu os amigos Arthur Monteiro, Isabela Lyrio e Olivier Boels, além da curadora, Lena Tosta, e levou a cabo o projeto, em exposição na área externa do Museu da República desde o início de agosto.
Ontem à noite, vários colegas de profissão se juntaram aos quatro fotógrafos, e mostraram seu olhar particular de Brasília, assim como alunos de uma oficina de fotografia para surdos, ministrada por João Paulo, em junho. Por um momento, os profissionais premiados dividiram o mesmo espaço com olhares de fotógrafos amadores. “Os surdos são muito mais visuais que a gente. O mundo para eles é visual. Eles percebem muito melhor o visual do que nós, fotógrafos. Ministrar o curso foi um aprendizado para eles, mas para mim também”, diz Barbosa.
A mostra Brasília Utopia, com fotos de Barbosa, Monteiro, Boels e Isabela, continua aberta à visitação no Museu da República, até o dia 8 de setembro, de graça e a qualquer hora do dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário