A fabricante japonesa de câmeras fotográficas e impressoras Canon anunciou hoje ter encerrado o quarto trimestre com incremento no seu lucro líquido, a despeito da valorização do iene, que exerceu impacto negativo sobre a sua receita.
O mercado de câmeras também sofre pressão dos smartphones, que se tornaram uma espécie de concorrente indireto dos produtos.
No quarto trimestre, a companhia registrou lucro líquido de 61,4 bilhões de ienes (US$ 800 milhões), resultado 13,9% superior ao registrado no mesmo intervalo do ano anterior. A receita líquida de vendas teve uma queda de 9,7% no período, para 964,8 bilhões de ienes (US$ 12,6 bilhões).
A Canon relatou redução de custos e ganhos de eficiência na produção de câmeras, o que lhe proporcionou um aumento de 14,2% no lucro operacional, que atingiu 94,6 bilhões de ienes (US$ 1,2 bilhão) no trimestre. As vendas de impressoras tiveram queda de 9,3% no trimestre, chegando a 498 bilhões de ienes (US$ 6,5 bilhões).
As vendas de impressoras e câmeras para consumidores tiveram queda de 4,9%, para 373 bilhões de ienes (US$ 4,9 bilhões). Já as vendas para o segmento industrial apresentaram queda de 12,8%, para 95 bilhões de ienes (US$ 1,2 bilhão).
Para 2012, a companhia projeta um incremento de 5,4% na receita anual total, para 3,75 trilhões de ienes (US$ 48,9 bilhões), com recuperação das vendas em todos os segmentos (escritórios, consumidores e indústrias), estimulado pelo crescimento das economias emergentes.
A previsão para o lucro operacional da empresa ficou abaixo da previsão do mercado. A expectativa divulgada hoje indica uma cifra de 390 bilhões (US$ 5,1 bilhões ) para este ano, ante estimativa de 470 bilhões de 20 analistas ouvidos pela Thomson Reuters I/B/E/S.
Já o lucro líquido é projetado em 250 bilhões de ienes (US$ 3,3 bilhões) com ganho de 0,6%.
Presidente
Apesar da alta no resultado do quarto trimestre, a empresa anunciou a saída do atual presidente, Tsuneji Uchida. Ele será substituído pelo presidente do Conselho de Administração, Fujio Mitarai, em março.
Mitarai comando a companhia de 1995 a 2006, quando deixou o cargo, mas continuou à frente do Conselho de Administração.
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