sábado, 20 de agosto de 2011

História:Fotografia surgiu de descobertas científicas


Antes da tecnologia digital,arte fotográfica dependia da Química
                       
                       Vivemos uma época em que a difusão da fotografia é praticamente instantânea, está sempre ao alcance das mãos e a publicação, online ou impressa, pode ser praticamente simultanêa. A fotografia faz parte do cotidiano da maioria das pessoas, e é bastante popularizada e massiva, principalmente com a difusão democrática de máquinas digitais e celulares com câmeras. Mas você sabia que as primeiras experiências fotográficas, na verdade, experimentos químicos, datam de séculos atrás? Você conhece os equipamentos analógicos que necessitavam de revelação e, portanto, tornavam impossível ver como uma foto ficou na hora do clique? 
Desde os tempos do filósofo grego Aristóteles se utiliza a produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício baseada nos princípios básicos da óptica e da química.


O principio científico da fotografia parte de uma conjunção de diversas descobertas científicas. Atribui-se a ao filósofo Aristóteles (384-332 a.C.) a invensão de uma câmara (caixa) abafada da luz que permitia a visualização de sem prejudicar os olhos, graças a um pequeno furo que projetava pela fresta imagens em seu interior. A nitidez da imagem formada variava de acordo com o tamanho do furo: quanto menor, mais definida. Em contra-partida, havia o escurecimento da imagem formada, pois um furo menor permite passar menos luz.
Para observar um eclipse solar, o árabe Alhazen, no século 10, formatou uma câmara obscura: um quarto às escuras, com um pequeno buraco. Portátil, a partir do século 12, a câmara obscura foi usada por pintores no esboço de suas obras.


Por séculos seguiu-se experimentando o equilíbrio do uso da câmara escura. Na época da Renascença, uma lente foi colocada num pequeno orifício e obteu-se uma melhor qualidade da imagem. Também foi introduzido o diafragma (para variar o tamanho do furo usado com as lentes.A câmara obscura tornou-se cada vez menor, até poder ser levada a qualquer lugar, como um objeto portátil. O aperfeiçoamento permitia as imagens fossem refletidas num papel, o que serviu para que diversos artistas esboçassem obras de desenho e pintura, mas ainda era desconhecido como "gravar" tais projeções na superfície.
Químicos verificaram empiricamente que compostos de prata reagem à luz. Thomas Wedgwood foi o primeiro a usar o nitrato de prata juntamente com a câmara escura para fixar imagens em couro.


                        Assim entrou em jogo o auxílio da química. Principalmente em ações experimentais, químicos perceberam que alguns compostos de prata reagem à luz. Em 1725, Johan Heinrich Schulze, um professor de medicina na Alemanha e no início do século 19 com Thomas Wedgwook, obteve-se silhuetas fixas em negativo, mas a luz ainda escurecer as imagens.
Primeira fotografia
Joseph Nicéphore Niépce, usando uma placa de estanho com betume branco e a deixando por oito horas numa câmara escura voltada para o quintal de sua casa conseguiu registrar a primeira foto de fato num processo chamado de "heliografia", pois usava a luz solar.
                        Joseph Nicéphore Niépce, 1826, deixou por oito horas uma câmara escura voltada para o quintal de sua casa e usou uma placa de estanho com betume branco para "queimar" a revelação, surgia assim, de fato, a primeira fotografia. 
Em 7 de janeiro de 1839, Daguerre cria o processo que originava as fotografias ou daguerreótipos. Os fotógrafos e suas câmeras fotográficas (caixas) começavam a registrar suas imagens ainda em preto e branco.

                        Após sua morte, seu sócio Louis Jacques Mandé Daguerre aperfeiçoou a heliografia (termo em referência ao uso da luz solar para obter a imagem), substituindo compostos químicos e reduzindo o tempo de revelação para minutos com o uso de vapor de mercúrio e tiossulfato de sódio, criando os daguerreótipos. Willian Henry Fox-Talbot, cientista inglês, usou o processo de Daguerre para aperfeiçoar suas próprias experiências com a câmara escura - criando os termos 'fotografia', 'negativo' e 'positivo'.
O ganho de cores
A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo físico James Clerk Maxwell.


Frederick Scott Archer foi o principal responsável pela popularização da fotografia. Essencialmente, ele concebeu o processo de revelação de fotos anterior ao do filme fotográfico, permitindo imagens bem mais nítidas que as feitas até então. Em 1853, cerca de 10 mil americanos já produziram três milhões de fotos, por exemplo.
Popularização doméstica
                                                                George Eastman, fundador Kodak, criou um filme de nitrato de celulose (celulóide)      que era colocado em uma máquina fotográfica. A partir de 1888, o filme era enrolado num carretel, e no final do processo, revelado na fábrica.


George Eastman, o fundador da Kodak, criou um filme de nitrato de celulose (o celulóide usado na época) que era colocado em uma máquina fotográfica, em 1888. O filme era enrolado num carretel, e no final do processo, o filme era enviado para a fábrica, onde era revelado. Com o slogan "Você aperta o botão e nós fazemos o resto", a fotografia chegou ao alcance de qualquer pessoa, sem conhecimentos de química para a revelação. Por acaso você sabia que o manuseio do filme fotográfico é que deu origem à expressão queimar o filme? Mal usado e exposto a luz externa, fora da máquina, o instrumento fica inutilizável. 
Analógico x digital
A primeira câmera digital lançada comercialmente foi a Dycam Model 1, em 1990, com capacidade de se conectar a um computador para transmitir as fotos.


A corrida espacial serviu de inspiração para a fotografia digital. Era impossível capturar com filmes fotos de sátelite sem que o rolo pudesse ser trazido à Terra para ser revelado. Era importante que a transmissão eliminasse o suporte físico. Depois de alguns protótipos nas décadas de 70, a primeira câmera eletrônica portátil, semelhante às atuais, surgiu em 1981. A comercialização das câmeras digitais começou apenas em 1986, com a Canon RC-701, cujo preço era praticamente inacessível, por cerca de US$ 20 mil, e tinha baixa qualidade das imagens.
Império digital
A partir de 1997, câmeras digitais domésticas oferecerm resoluções superiores a 1.0 MP. A qualidade de imagem e de armazamento cresce rápidamente também entre celulares e tablets - imagem de um iphone


A primeira câmera realmente digital, gravando imagens como arquivos reconhecidos no computador foi a Fuji DS-1P em 1988, com 16 MB de memória interna. E a primeira lançada comercialmente foi a Dycam Model 1, em 1990, com capacidade de se conectar a um PC ou Mac para transmitir as fotos. De lá pra cá, houve diversos aprimoramentos e tanto a capacidade de armazenamento (com cartões de memória) como a qualidade da imagem, chegam a padrões profissionais. Além disso, a telefonia também se apropriou da fotografia e boa parte dos celulares ou tablets tem ótimas câmeras.

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