Preocupação zero

Foto:Leandro Cunha

Família unida

A pescadora, dona de casa e mãe de oito filhos,Edmilza Coelho estudou apenas até o 4º ano do ensino fundamental (Foto:Aldair Dantas)

Exposição Recife em Retratos revela olhar do fotógrafo Raul Kawamura

Foto: Raul Kawamura

O Centro Cultural Brasil-Alemanha (CCBA) apresenta a exposição Recife em Retratos, do designer e fotógrafo Raul Kawamura, a partir desta quinta-feira. A mostra, que será aberta ao público, expressa a percepção do fotógrafo sobre o centro urbano do Recife. Nas imagens, Kawamura revela trechos pouco conhecidos, ruelas, antigos sobrados e detalhes da arquitetura nos arredores do Bairro da Boa Vista.

A ideia é resgatar a experiência do artista, que em 2004 começou a registrar e publicar fotos do cotidiano em seu diário visual eletrônico, que repercutiram na internet.

Em paralelo a exposição, o CCBA vai promover o Kulturforum, que trará o escritor e poeta Paulo Gonçalves para debate sobre Reflexão sobre transformações urbanas no centro do Recife. O encontro acontece no dia 22 de outubro, às 19h30. A mostra Recife em Retratos permanece em cartaz até 30 de outubro.

Serviço

Exposição Recife em Retratos, de Raul Kawamura
Quando: De 19 de outubro a 30 de novembro

Segunda a Quinta - 9h às 12h e das 14 às 20h.

Sábado - 9h às 12h
Onde: CCBA - Centro Cultural Brasil Alemanha, Rua do Sossego, 364 - Boa Vista - Recife/PE
Informações: (81) 3421.2173

Entrada gratuita

Aphoto faz exposição no Restaurante do SESC

“Infância Lúdica” é o tema da exposição fotográfica coletiva, realizada pela Associação Potiguar de Fotografia, que está acontecendo no Restaurante do SESC, na Cidade Alta em Natal. Vinte imagens, em tamanho 30 x 40, mostram cenas do cotidiano de crianças, mas captadas de um ângulo diferenciado, inerente aos fotógrafos que conhecem a arte da fotografia.

Os autores das fotografias são sócios da Aphoto e apaixonados por fotografia. A mostra fotográfica fica em cartaz no até o dia 31 de outubro no Restaurante do SESC, na Avenida Rio Branco e na descida da ladeira da Ribeira. A melhor hora para visitar a exposição “Infância Lúdica” é o horário de almoço, a partir das 11h30.

Serviço

Infância Lúdica
Exposição Coletiva da Aphoto
Local | Restaurante do SESC, Av. Rio Branco
Data | Até o dia 31 de outubro

Foto de homem tocando violão no meio de tiroteio ganha prêmio

A cena é surreal: um homem tocando violão no meio de um tiroteio em Sirta (Líbia), durante a insurgência que levaria à derrocada do regime sanguinário de Muamar Kadafi. Ao lado do violeiro, dois rebeldes fazem disparos com os seus fuzis. A foto, de Aris Messinis, ganhou o prêmio Bayeux-Calvados para correspondentes de guerra. A imagem é de 10 de outubro de 2011.

Momento musical:Fotografia 3 x 4 - Belchior

Eu me lembro muito bem do dia em que eu cheguei
Jovem que desce do norte pra cidade grande
Os pés cansados e feridos de andar legua tirana...nana
E lágrima nos olhos de ler o Pessoa
e ver o verde da cana..nana iiiiiii

Em cada esquina que eu passava
um guarda me parava, pedia os meus documentos e depois
sorria, examinando o três-por-quatro da fotografia
e estranhando o nome do lugar de onde eu vinha.

Pois o que pesa no norte, pela lei da gravidade,
disso Newton já sabia! Cai no sul grande cidade
São Paulo violento, Corre o rio que me engana..nana iiiii
Copacabana, zona norte
e os cabarés da Lapa onde eu morei

Mesmo vivendo assim, não me esqueci de amar
que o homem é pra mulher e o coração pra gente dar,
mas a mulher, a mulher que eu amei
não pode me seguir ohh não
esses casos de familia e de dinheiro eu nunca entendi bem

Veloso o sol não é tão bonito pra quem vem
do norte e vai viver na rua

A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia
e pela dor eu descobri o poder da alegria
e a certeza de que tenho coisas novas
coisas novas pra dizer
a minha história é ... talvez
é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte
que no sul viveu na rua
e que andou desnorteado, como é comum no seu tempo
e que ficou desapontado, como é comum no seu tempo
e que ficou apaixonado e violento como, como você

Eu sou como você. Eu sou como você. Eu sou como você
que me ouve agora. Eu sou como você. Como Você.

Paraty em Foco discute caminhos na era da internet

Por Mônica Zarattini

Seis mil pessoas passaram pela 8.ª edição do Paraty em Foco - Festival Internacional de Fotografia, entre 26 e 30 de setembro, e puderam ter contato com grandes nomes da fotografia nacional e internacional. De fora vieram o inglês Martin Parr, o dinamarquês Peter Funch, o argentino Marcos López, o holandês Michiel Munneke (que é diretor-geral do World Press Photo), o coletivo italiano TerraProject e o chileno Rodrigo Gómez Rovira, entre outros. Da terrinha, estavam presentes os brasileiros Luciano Candisani, Renan Cepeda, Cristiano Mascaro e Luiz Garrido, com suas fotos expostas em cubos iluminados em diversos pontos do Centro Histórico.

Foram vendidos cerca de 300 livros dos 13 lançamentos ocorridos durante festival, entre eles, de Nair Benedicto, Edu Simões, Marcelo Lerner, Cassio Vasconcelos. Pelo menos 450 interessados participaram dos 23 workshops de diferentes temas, como fine art, fotolivro, retrato, projeto culturais, fotografia de natureza e outros. Participaram coletivos de fotografia como Garapa, Nitro Imagens +Alicate, Galeria Experiência, Amazônia +2, e os fotógrafos Gal Oppido e Pedro Martinelli foram responsáveis por alguns dos melhores momentos do evento, com suas projeções nas paredes dos casarões e na tenda central.

O tema deste ano, organizado por Iatã Cannabrava e Giancarlo Mecarelli, propôs a reflexão em torno da arte fotográfica como documento. A curadora Georgia Quintas entrevistou o fotógrafo Tiago Santana, autor de um trabalho documental consagrado e respeitado internacionalmente. Tiago define sua fotografia como um "encontro". Ela é inter-relacional e, para ele, o resultado é menos importante do que o encontro com o ser humano, o momento em que "mergulha na vida da pessoa, o momento da troca". Sua obra tem forte viés religioso centrado na gente do sertão e, por isso, Tiago lembra a proximidade de seus fragmentos fotográficos aos ex-votos, tão presentes na atmosfera do Crato, interior do Ceará, onde nasceu.

Claudia Jaguaribe entrevistou o dinamarquês Peter Funch que falou sobre sua série "Babel Tales". Peter trabalhou em jornais e depois assumiu um diferente trabalho de autor nessa série. Sentado num banquinho nas esquinas nova-iorquinas, Peter captava mais de 15 mil fotos. Daí garimpava os pontos em comum, os gestos, as características das pessoas e montava na mesma luz e foco sua realidade fake. É como se contasse numa fotografia um filme de uma manhã inteira na Times Square.

O celebrado fotógrafo da Magnum Photos, Martin Parr, interagiu com a cidade de Paraty expondo "Praias", uma coleção de 14 imagens de pessoas curtindo areias e mares brasileiros, chilenos, uruguaios e argentinos. Em entrevista ao jornalista Cassiano Elek Machado, o inglês - dono de irreverentes fotos que registram cenas do cotidiano das pessoas em festas, restaurantes, trabalho, escolas - cutucou os fotógrafos com sua satisfação de produzir exposições em lugares públicos sem grande custos.

Concurso via Instagram

A grande novidade dessa edição foi o lançamento do concurso Uma Casa Portuguesa com Certeza, destinado a amadores e profissionais residentes no Brasil e em Portugal, que podem postar via Instagram suas fotos com o tema Qual é a sua imagem da casa portuguesa?. Os fotógrafos premiados ganharão passagens e estadias para a abertura da exposição das fotos selecionadas. Brasileiros irão a Portugal e portugueses virão ao Brasil.  Para participar, basta acessar o site www.umacasaportuguesacomcerteza.com

Jornal Metro publica capa sem imagens para promover concurso de fotos

A edição desta segunda-feira, 1°, do Metro, jornal gratuito mantido pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, chegou ao público com um fator diferente: a capa e página dois ficaram sem imagens. Os espaços destinados às fotografias foram ocupados por fundo cinza, provocando a sensação de que as artes não apareceram por problema na impressão. Porém, tratava-se da divulgação do concurso promovido pelo veículo, com patrocínio da Nikon e parceria internacional da Coulourbox.

Para dar sentido a não publicação das imagens, o Metro ressaltou que deseja receber fotos dos leitores. Com isso, o jornal pediu para o público participar do Metro Photo Challenge, “o maior concurso de fotos para amadores do mundo”, segundo a publicação. A equipe do diário gratuito informou que as imagens enviadas à redação poderão ser publicadas, com os autores podendo ganhar prêmios – como câmeras e uma expedição fotográfica para a Groelândia.  Os interessados devem se inscrever em metrophotochallenge.com.

O Metro, além de promover o concurso, aproveitou para ressaltar a importância que as imagens têm em um jornal. A equipe do impresso avaliou que a falta de fotografia prejudica a leitura do veículo em papel. “O mundo sem fotos não tem graça! Viu como é mais difícil ler as notícias do Jornal Metro sem imagens?”. Quem concordou que a leitura foi prejudica, pode ver as imagens que deveriam ser inseridas no impresso por meio do site metrojornal.com.br.